De Daniel Dórea, no jornal A Tarde desta quarta-feira:
“Mialgia, pubalgia, estiramento e até diarréia. Parece música de Arnaldo Antunes, mas na verdade, é a lista de problemas que o departamento médico do Bahia vem enfrentando, atualmente.
Enquanto os atacantes Ednei e Amauri voltam a trabalhar com bola, outros continuam lesionados e dando dor-de-cabeça ao técnico Arturzinho.
A sorte é que a Série C só começa no dia 8 de julho. Se fosse na mesma data da primeira e da segunda divisões, o tricolor estaria sofrendo com os remendos. Tanto que o desempenho não tem sido nada bom nos amistosos.
Ontem, o meia Rafael Bastos juntou-se ao zagueiro Rogério, o meia Danilo Rios e o atacante Moré no time dos doentes. Porém, o problema de Rafael é bem menos grave do que o dos outros.
Ele teve uma indisposição gastro-intestinal, com um pouco de vômito e diarréia, esclareceu o médico Daniel Araújo. Portanto, logo Rafael Bastos estará treinando normalmente.
Daniel vai ter trabalho com os três que já freqüentam o DM há um bom tempo. Moré jogou pela última vez no dia 1º de maio, no triunfo, por 4 a 2, sobre o Poções. Com uma pubalgia, ele correu o risco até de ser operado, mas se livrou e, agora, precisa demonstrar evolução na fisioterapia.
A dor que ele sente vem regredindo e, dependendo de como ele reagirá ao tratamento, poderá estar à disposição para a estréia na Série C, explicou o médico.
Quem parecia que ia ser liberado era o zagueiro Rogério. Desceu animado as escadas, dizendo: Vou dar um pique pra ver no que dá. Deu em problema. Ele subiu logo depois, sentindo a coxa. Rogério está com uma mialgia no músculo adutor da coxa. Vamos fazer uma ressonância magnética ainda esta semana para saber o grau da lesão, afirmou Daniel.
Segundo o médico, esta é uma dor crônica, que ele sente desde que estava no Ipitanga, no ano passado. Porém, agora o local está dolorido e inflamado.
Já Danilo Rios não atua desde o dia 3 de maio, quando o Bahia venceu o Poções, por 2 a 0, no interior. O médico não dá boas notícias para a torcida tricolor.
Danilo ainda tem uma boa área de lesão muscular na coxa, grau 2. Daqui a dez dias ele vai fazer outra ressonância magnética para depois a gente ver se o libera para começar os trabalhos físicos.
POR QUE? Seria a carga grande de jogos em curto espaço de tempo que o Bahia teve no primeiro semestre a responsável por esse grande número de lesões? Daniel Araújo não acha. Isso influencia, mas o trabalho de base que foi feito em cada atleta influencia mais.
A declaração acaba sendo uma crítica indireta aos clubes de onde vieram Moré (Icasa), Harley (Itabaiana), Ednei (Colo-Colo), Amauri (CFZ) e Rogério (Ipitanga). Ninguém sabe como foi feito o trabalho nesses clubes, mas os jogadores não fizeram um bom trabalho de base.
No caso de Danilo Rios, que foi criado no Bahia, acontece o problema recorrente da maioria dos atletas da base tricolor. Falta força e preparo físico. Ele ainda precisa melhorar muito a parte muscular. Enquanto ele não atingir seu auge físico, ficará mais exposto a lesões, afirmou o médico.
A solução está clara na mente de Daniel Araújo. O ideal seria montar o grupo ainda no final do ano, para que nós pudéssemos fazer uma avaliação detalhada de cada jogador. Isso reduziria em muito o índice de lesões”.
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