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Problemas médicos insistem em atrapalhar Tricolor

Notícia
Historico
Publicada em 20 de junho de 2007 às 02:18 por Da Redação

De Daniel Dórea, no jornal A Tarde desta quarta-feira:

“Mialgia, pubalgia, estiramento e até diarréia. Parece música de Arnaldo Antunes, mas na verdade, é a lista de problemas que o departamento médico do Bahia vem enfrentando, atualmente.

Enquanto os atacantes Ednei e Amauri voltam a trabalhar com bola, outros continuam lesionados e dando dor-de-cabeça ao técnico Arturzinho.

A sorte é que a Série C só começa no dia 8 de julho. Se fosse na mesma data da primeira e da segunda divisões, o tricolor estaria sofrendo com os remendos. Tanto que o desempenho não tem sido nada bom nos amistosos.

Ontem, o meia Rafael Bastos juntou-se ao zagueiro Rogério, o meia Danilo Rios e o atacante Moré no time dos doentes. Porém, o problema de Rafael é bem menos grave do que o dos outros.

“Ele teve uma indisposição gastro-intestinal, com um pouco de vômito e diarréia”, esclareceu o médico Daniel Araújo. Portanto, logo Rafael Bastos estará treinando normalmente.

Daniel vai ter trabalho com os três que já freqüentam o DM há um bom tempo. Moré jogou pela última vez no dia 1º de maio, no triunfo, por 4 a 2, sobre o Poções. Com uma pubalgia, ele correu o risco até de ser operado, mas se livrou e, agora, precisa demonstrar evolução na fisioterapia.

“A dor que ele sente vem regredindo e, dependendo de como ele reagirá ao tratamento, poderá estar à disposição para a estréia na Série C”, explicou o médico.

Quem parecia que ia ser liberado era o zagueiro Rogério. Desceu animado as escadas, dizendo: “Vou dar um pique pra ver no que dá”. Deu em problema. Ele subiu logo depois, sentindo a coxa. “Rogério está com uma mialgia no músculo adutor da coxa. Vamos fazer uma ressonância magnética ainda esta semana para saber o grau da lesão”, afirmou Daniel.

Segundo o médico, esta é uma dor crônica, que ele sente desde que estava no Ipitanga, no ano passado. Porém, agora o local está dolorido e inflamado.

Já Danilo Rios não atua desde o dia 3 de maio, quando o Bahia venceu o Poções, por 2 a 0, no interior. O médico não dá boas notícias para a torcida tricolor.

“Danilo ainda tem uma boa área de lesão muscular na coxa, grau 2. Daqui a dez dias ele vai fazer outra ressonância magnética para depois a gente ver se o libera para começar os trabalhos físicos”.

POR QUE? – Seria a carga grande de jogos em curto espaço de tempo – que o Bahia teve no primeiro semestre – a responsável por esse grande número de lesões? Daniel Araújo não acha. “Isso influencia, mas o trabalho de base que foi feito em cada atleta influencia mais”.

A declaração acaba sendo uma crítica indireta aos clubes de onde vieram Moré (Icasa), Harley (Itabaiana), Ednei (Colo-Colo), Amauri (CFZ) e Rogério (Ipitanga). “Ninguém sabe como foi feito o trabalho nesses clubes, mas os jogadores não fizeram um bom trabalho de base”.

No caso de Danilo Rios, que foi criado no Bahia, acontece o problema recorrente da maioria dos atletas da base tricolor. Falta força e preparo físico. “Ele ainda precisa melhorar muito a parte muscular. Enquanto ele não atingir seu auge físico, ficará mais exposto a lesões”, afirmou o médico.

A solução está clara na mente de Daniel Araújo. “O ideal seria montar o grupo ainda no final do ano, para que nós pudéssemos fazer uma avaliação detalhada de cada jogador. Isso reduziria em muito o índice de lesões”.

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