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Bahia contra a quinta frustração nacional seguida

Notícia
Historico
Publicada em 4 de julho de 2007 às 03:30 por Da Redação

Vindo da pior década de sua história, quando deixou de disputar a Série A pela primeira vez (1998) e viu o arqui-rival conquistar um até então inédito tricampeonato estadual (95/96/97), o Esquadrão parecia que daria a volta por cima nos anos 2000. Logo na virada do século, ganhou tanto o Baianão quanto o Nordestão e chegou às finais do Brasileiro de 2001. Temporada quase perfeita.

A redenção azul, vermelha e branca receberia novo fôlego com o bi-regional, em pleno Barradão, no Dia das Mães de 2002. Mas, daquele já longínquo 12 de maio em diante, além de não ter saboreado um título profissional sequer, amargou consecutivos vexames nacionais. Quatro, para ser mais exato.

Se no ano do penta da Seleção, na Ásia, o Bahia ainda conseguiu escapar do rebaixamento na última rodada, contra a Portuguesa, na cidade de Mogi Mirim, a partir daí, foi um martírio que só o verdadeiro torcedor tricolor saberia dizer o quanto lhe machucou.

HISTÓRICO – Em 2003, o clube caiu para a Segundona, na lanterna, após levar humilhantes 7 a 0, e em casa, do campeão Cruzeiro. Em 2004, morreu na praia justamente no quadrangular decisivo da Série B, depois de uma ótima campanha, todavia incapaz de superar um já classificado Brasiliense, novamente dentro da Fonte Nova.

A decepção em 2005, ao menos – se é que dá para dizer isso –, aconteceu longe de Salvador. No Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí, a derrota por 3 a 2 para o Paulista colocou um agora Ex-quadrão de Aço no porão do futebol tupiniquim, lugar em que jamais imaginou se encontrar. Àquela altura, a todos dava a impressão de que seria o fim do mundo. Nada poderia ser pior. Lego engano.

Provando que o poço não tem fundo, o Bahia voltou a decepcionar na reta de chegada de um campeonato. Passada a empolgação de liderar as três primeiras fases, não conseguiu uma das quatro vagas no octogonal final da Terceirona e vai precisar encarar tudo de novo a partir das 16 horas deste sábado.

Se quiser melhor sorte na atual tentativa e, finalmente, renascer no cenário nacional, a equipe deverá repetir os 32 jogos de 2006, permanecer viva até meados de novembro e ficar à frente de pelo menos 60 adversários.

Uma vantagem para os comandados de Arturzinho é que, mais uma vez, graças à forma com que a competição é organizada pela CBF, eles só terão pela frente times das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País na etapa decisiva. A exceção fica por conta do Linhares, atual campeão do Espírito Santo, que já pode ser encarado pelo Tricolor na segunda fase do certame.

Isso porque os 64 participantes são divididos em 16 grupos regionalizados, numa medida da Confederação para evitar despesas de viagem, quase sempre de “vôo rasteiro”. Sem qualquer mata-mata, a fórmula de disputa da Série C prevê três quadrangulares e um octogonal decisivo.

Únicos remanescentes de fracassos anteriores, os atacantes Nonato e Neto Potiguar terão a missão de evitar a quinta frustração consecutiva do Bahia para o Brasil ver. De acordo com Nonato, presente na campanha do descenso de 2003, o que não pode ocorrer de novo é a incessante troca de treinadores daquela época.

Já para Potiguar, se o time atual reeditar 2004 não será ruim: “Foi tudo bem feito até o fim. Até hoje não entendo o que aconteceu”.

Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta quarta-feira 04/07/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube

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