Treinador do rival de hoje fez a alegria de ontem

De Moysés Suzart, no jornal A Tarde deste domingo:

“Alguém lembra de Flávio Barros? Certamente, a maioria da torcida tricolor não imagina de onde veio este técnico, que ajudou a empurrar o Vitória pra Série C, em 2005.

Hoje, o treinador enfrenta o Bahia, em Arapiraca, guiando o já eliminado elenco do ASA. Mas naquele ano que os times baianos caíram no bueiro do futebol brasileiro, Barros treinava o CRB.

Ele pegou o time de Maceió com sério risco de cair para a Terceirona, mas conseguiu reerguer na rodada decisiva, quando o CRB venceu o Criciúma, num pênalti estranho, nos minutos finais, enquanto o Vitória já comemorava a ilusória permanência na Série B.

Neste ano, Flávio Barros pegou o ASA semelhante ao CRB da época. E, para a alegria do Esquadrão de Aço, ele não tira a classificação do time baiano, tampouco consegue uma vaga para seu time, com apenas um ponto.

Mas, se depender do treinador e da torcida, é melhor ser eliminado castigando o Bahia do que ser derrotado em plena capital do agreste, como é conhecida Arapiraca.

A torcida costuma encher o estádio municipal até em dia de treino. O último coletivo foi acompanhado por mais de 100 pessoas, entre muitos estudantes que saíam do colégio para o campo.

O preparador de goleiros Raimundo da Luz ficou feliz quando encontrou a reportagem. Natural do bairro da Liberdade e filho da baiana de acarajé Maria Alice, dona de um ponto embaixo do Elevador Lacerda, o ex-goleiro mostrou com apenas duas pergunta que há muito tempo não vai a Salvador: “Ainda existe o Campo da Graça? E o Leônico? Bom time aquele, né?”.

Do Correio da Bahia, sobre o adversário azul, vermelho e branco:

“A impotência diante de um grupo definido com duas rodadas de antecedência faz o ASA-AL pensar até em requisitar junto à CBF o cancelamento da partida de encerramento da primeira fase, dia 5 de agosto, contra o América–SE, outro eliminado. A diretoria já analisa o desmonte da equipe e muita gente arrumou as malas mesmo antes da hora.

Com a chegada do técnico Flávio Barros, o ex-tricolor Adelino foi dispensado sem dançar ao menos um forrozinho. Aproveitamento nulo na Série C do Campeonato Brasileiro. Junto com ele, acabaram liberados o zagueiro Edmilson e os meias Wandinho e Goiabinha.

Sem maiores pretensões, o time junta os cacos e busca a primeira vitória, mas o retrospecto não é dos mais favoráveis. Em quatro jogos no Grupo 7, o ASA conseguiu apenas um ponto – fruto do empate sem gols com o lanterna América, na estréia da Terceirona”.

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