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Clube encarar times do Espírito Santo é raridade

Notícia
Historico
Publicada em 15 de agosto de 2007 às 00:17 por Da Redação

O confronto de hoje à noite é inédito. Também pudera. Fundado em 16 de agosto de 2001, o Linhares está disputando pela primeira vez uma competição nacional.

Certo, mas e a última partida do Bahia contra um clube capixaba? Faz tempo, torcedor. Enfrentar adversários do Espírito Santo, Estado de pouca tradição no futebol brasileiro, é muito raro na história de 76 anos do Esquadrão de Aço.

Ao todo, foram apenas cinco encontros oficiais. O mais recente, prestes a já completar oito temporadas. E o tricolor, ao contrário que se pode imaginar, leva desvantagem.

O time só venceu numa única oportunidade oponentes daquelas plagas. Por coincidência, diante de uma equipe xará de seu maior rival.

Foi no dia 2 de novembro de 1977, pela Série A, quando enfiou nada menos que 7 a 0 no Vitória. Altimar (2), Freitas (2), Sapatão, Baiaco e Jésum balançaram as redes da Fonte Nova, que recebeu um público de 19.139 pagantes.

Ainda estiveram em campo, pelo lado azul, vermelho e branco, o goleiro Luís Antonio, os laterais Toninho, Edmílson e Ricardo Longui, o zagueiro Zé Augusto, os meio-campistas Luciano e Marzinho e o atacante Jorge Campos. Naquela temporada, eles haviam conquistado o pentacampeonato baiano.

Semanas depois, porém, não foram páreo para encarar a também capixaba Desportiva Ferroviária, dentro do Estádio Engenheiro Araripe. A derrota de 2 a 1 foi a segunda do retrospecto – pelo Brasileirão de 74, o Bahia levou 1 a 0 em pleno Octávio Mangabeira.

Para fechar a conta dos duelos, houve outros dois empates, novamente frente à Desportiva. Um no ano de 73 (1 a 1, em Salvador) e outro pela Segundona de 99 (0 a 0, no Espírito Santo).

O analista mais rigoroso deve estar se peguntando sobre as oito pelejas que estão faltando, quatro contra o Vitória, dois contra a Desportiva, um contra o Estrela do Norte e outro contra o Rio Branco… todos amistosos. Levando-se em conta eles, aí sim, o tricolor passa à frente nos números: seis vitórias, quatro empates e três derrotas.

DÚVIDA? – Voltando ao jogo de daqui a pouco, o técnico Arturzinho não perdeu a chance de criar um clima de mistério. Quando tudo parecia crer que, finalmente, a equipe estaria definida por antecipação, eis que o comandante carioca “inventou” uma dúvida no treino de ontem à tarde.

Está certo que Nonato, livre de suspensão, retorna ao ataque no lugar de Neto Potiguar e Adilson, que recebeu o terceiro cartão amarelo nos 3 a 0 em cima do Atlético Cajazeirense, cede a vaga na lateral esquerda ao jovem Ávine. Mas quem substituirá Eduardo, expulso no domingo?

Cléber Carioca é o franco favorito. O experiente zagueiro contratado junto ao Gama, em meados de maio, participou – e bem – no momento em que o outro titular, Alison, não pôde atuar. Além disso, vem sempre sendo relacionado para o banco de reservas e entrou durante o compromisso do último final de semana, na Paraíba.

Ainda mais veterano, o velho conhecido Emerson corre por fora. A seu favor, pesa o fato de já ter experiência do lado esquerdo da defesa. Arturzinho explica direto da concentração: “Não quero meu time torto no gramado”.

Na verdade, na verdade, jogo de cena. Que ele próprio admite: “Já tenho a escalação na cabeça, mas quero deixar todo mundo motivado”. Uma tática contumaz do técnico, aliás.

Perguntado se já possui algumas informações a respeito do Linhares, rival pela segunda rodada da segunda fase da Série C, Artur contou que iria assistir a fita do tropeço capixaba frente ao Nacional de Patos, no Espírito Santo, ontem à noite. Em casa, ficou de estudar a estratégia da chamada Coruja Azul e, hoje, repassar aos atletas.

ATRAÇÕES – O objetivo é manter os 100% de aproveitamento na etapa, alcançar os seis pontos e embalar para praticamente selar a classificação no próximo domingo, novamente em casa, contra o paraibano Nacional. Com isso, somaria o sétimo triunfo consecutivo, marca jamais vista desde a Série B de 2004.

Outra atração para logo mais é a possibilidade de Nonato ultrapassar Izaltino e se igualar ao lendário ponta-esquerda Biriba no rol de maiores artilheiros da história do Bahia. Nesta hipótese, o camisa 9 assumiria a nona colocação, com 113 gols, aproximando-se dos ídolos Alencar (116), Vareta (121) e Marcelo Ramos (121).

Sem falar na oportunidade de quebrar o recorde de público das três divisões do futebol nacional. A maior platéia pertence a Corinthians 0x0 Paraná, no Morumbi, pela sexta rodada da elite. Na ocasião, 40.162 pagantes compareceram ao estádio paulistano.

Enquanto isso, cinco jogadores permanecerão assistindo das cabines de imprensa, recondicionando-se fisicamente: o goleiro Sérgio, o lateral-direito Luciano Baiano, o volante Dudu, o meia Danilo Gomes e o atacante Amauri.

Vale lembrar que o polivalente Rogério sofreu uma fratura no punho esquerdo no decorrer de um coletivo, sexta-feira passada, e só deve voltar às atividades em, no mínimo, 45 dias. Não precisará, todavia, recorrer a uma cirurgia.

Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta quarta-feira 15/08/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube

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