Enquanto os estadunidenses choravam o quarto ano de aniversário do atentado às Torres Gêmeas, em Nova York, os torcedores do Bahia amanheciam também arrasados e de cabeça quente, na suas medidas proporções. No dia 11 de setembro de 2005, a torre tricolor caiu no fundo do poço, como A Tarde Esporte Clube chamou de Meu mundo caiu, na manhã mais triste para o futebol baiano.
Caiu mesmo. Só não foi pior, pelo menos para a torcida, porque a outra torre gêmea, Vitória, teve a mesma decepção e rebaixamento. O responsável pelo desabamento do Esquadrão de Aço foi o técnico Procópio Cardoso, que saiu dizendo que a verdade é esta, nua e crua. Não há condições de treinamento, o mínimo de estrutura para se trabalhar. Mas não foi o único.
REFORMAS Naquele ano, quatro treinadores, além de uma passagem rápida de Carlos Amadeu, comandaram este avião desgovernado. Além do último piloto, Hélio dos Anjos, Zetti e Jair Picerni tentaram decolar, sem sucesso.
Apesar de não passar dos 25 pontos em 20 jogos, o Bahia só precisava vencer seu último oponente, o Paulista, fora de casa, para continuar na Segundona. Mas, depois de 90 minutos, o tropeço de 3 a 2 foi o suficiente para o chorôrô dos tricolores, campeão brasileiro da divisão de elite em 1988.
Vale lembrar que em 1998, dez anos depois do título da Série A, o Bahia por pouco não caia para a Terceirona, ficando em penúltimo lugar do seu grupo, uma casa a mais do rebaixado Americano.
Sobra as mudanças, o presidente do tricolor, Petrônio Barradas assegura que as melhoras realizadas nestes dois anos estão contribuindo para o atual momento de entrosamento no Bahia.
Ele diz, que além das dificuldades financeiras, o que mais mais sua equipe trabalhou foi com o planejamento. Não resolvemos nosso problema financeiro, mas conseguimos estabelecer metas para o time, salientou o cartola, mesmo sabendo que os planos não deram muito certo na temporada passada.
O técnico Arturzinho também é motivo de orgulho e sinônimo de melhorias no elenco. Para Petrônio, os nove meses com o comandante provam que o esquadrão está honrando a importância de um planejamento eficaz. Arturzinho virou um pai do elenco, daqueles que basta um olhar para os jogadores saberem onde está o erro, finalizou o presidente, que estava como interino na queda.
PAULISTA 3×2 BAHIA
10/09/2005, 16h00
Local – Jaime Cintra, Jundiaí-SP
Bahia – Emerson, Marcos Vinícius, Pereira, Reginaldo e Luciano Amaral (Badé); Magno (Jajá), Luís Alberto, Cícero e Rodriguinho; Dill e Jales (Marcelinho). Técnico: Procópio Cardoso
Paulista – Rafael, Lucas, Dema, Anderson e Julinho (Fábio Vidal); Glaydson, Juliano, Cristian e Márcio Mossoró; Léo (Alex Alves) e Edu (Fábio Gomes). Técnico: Vágner Mancini
Gol – Fábio Vidal (43 do 1º tempo), Edu (9 do 2º), Cícero (24 e 36 do 2º) e Léo (28 do 2º)
Árbitro – Elvecio Zequetto (MS)
Cartões amarelos – Rodriguinho, Badé e Luís Alberto (Bahia); Dema, Julinho, Edu, Fábio Vidal e Anderson (Paulista)
Renda – R$ 66.420,00
Público – 12.565 pagantes
Adaptado do original de Moysés Suzart, no jornal A Tarde desta terça-feira.
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