Além de quebrar o recorde de público da Série C – e também o da B -, a Nação Tricolor verdadeiramente vestiu a camisa 12 neste domingo à tarde. Pode-se dizer que os mais de 38 mil torcedores presentes a uma repintada Fonte Nova “marcaram” o pênalti que abriu o caminho do triunfo, para o Bahia, e “tiraram” outro, quase nos acréscimos, favorável ao ABC. No final, 2 a 0 no placar e liderança do ainda incompleto Grupo 25 da terceira fase.
Os comandados de Arturzinho, que haviam sentido na pele a situação em Itacoatiara, contra o Fast, agora tiveram a pressão das arquibancadas ao seu lado. No acanhado Floro de Mendonça, Alison não só estava fora da área, como com o braço colado ao corpo na penalidade máxima assinalada pelo árbitro. Pois Nonato, uma semana depois, em casa, tratou de cavar pelo menos uma.
Com a boba expulsão de Fausto, um minuto antes, ainda na cabeça (e a massa, ensurdecedora, atuando do lado de fora), o juizão não conseguiu deixar de apitar. Aos 12 da etapa final, enfim o gol. Catarse coletiva.
O jejum de quatro partidas sem marcar fez Nonato soltar uma bomba. Imagem que se repetiria aos 37, após novo pênalti sofrido por ele. Pior para o volante potiguar Jean, que recebeu o segundo cartão amarelo no lance.
Depois de ultrapassar o lendário Alencar e virar o oitavo maior artilheiro da história do clube, o camisa 9 empatava com Tulio Maravilha no ranking da competição. Balançou as redes 12 vezes nos 12 jogos que participou.
Aos 41, a revelação Wallyson desperdiçou a chance de pôr fogo no confronto: chutou na trave pênalti cometido por um atrasado Emerson. As vaias pesaram. Mas era justo. Apesar de tudo, o Bahia – esbanjando raça – merecia vencer.
Todos retornaram para casa sem reclamar tanto assim do primeiro tempo insosso e irritante do Esquadrão. Extremamente lento, o meio de campo com Emerson Cris, Cléber e o (re)estreante Preto nada criaram. Sem a válvula de escape do zagueiro Eduardo, suspenso, famoso pela boa saída de bola, o jeito foi o treinador lançar Inho logo no intervalo, imprimindo velocidado ao time.
Quando e contra quem o Bahia volta a jogar? A resposta depende do julgamento desta segunda-feira, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Caso o Imperatriz-MA seja punido, a vaga será do Rio Branco-AC.
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