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Tricolor irrita, mas fica perto da vaga

Notícia
Historico
Publicada em 20 de setembro de 2007 às 23:16 por Da Redação

De Eduardo Rocha, no Correio da Bahia desta sexta-feira:

“O torcedor que se arriscou no concreto gelado da Fonte Nova na noite chuvosa desta quinta passou da euforia ao desespero em 45 minutos. A goleada desenhada pelo Bahia no primeiro tempo ganhou contornos de quase empate no segundo. A apertada vitória por 2×1 sobre o modesto Rio Branco-AC foi lucro calculável apenas na tábua de classificação: sete pontos e primeiro lugar no Grupo 25 desta terceira fase da Série C do Campeonato Brasileiro.

Quatro de frente sobre o ABC-RN, segundo colocado, e folga na tabela até o dia 30 (um domingo), quando o tricolor volta a enfrentar o Rio Branco, desta vez, na Arena da Floresta, com fuso horário e tudo. A defasagem de duas horas até desnorteou os acreanos. “Atrasados no tempo”, descobriram abruptamente a roubada que foi deixar o Grupo 26. O Bahia precisou de quatro minutos para perder Alison, com um estiramento na coxa, e outros 12 até se adaptar ao gramado molhado e acertar o pé.

Corta-luz consciente de Preto para Emerson Cris arriscar um balaço da entrada da área, no canto direito do goleiro Marcus Vinícius: 1×0. O caminho do gol estava escancarado e o time todo foi ao ataque, de Eduardo a Nonato. Aí, é déficit certo na defesa. O atacante Marcelo Brás encontrou a brecha e usou a velocidade para passar por Emerson Cris, mas o chute cruzou à frente do goleiro Márcio.

O troco foi tão rápido quanto o contra-ataque puxado à toda por Carlos Alberto, desde a intermediária tricolor, aos 24. Bate-rebate e o lateral acertou o cruzamento para Nonato. Fatal. Bola no canto e 13º gol do atacante na terceirona. Disputa palmo a palmo com Túlio Maravilha.

Vitória tranqüila por 2×0 e parecia jogo de um time só. O Bahia perdeu gols de todos os tipos. Charles, de cabeça; Carlos Alberto, dentro da área; Emerson Cris, de longe; e Cléber, na furada frente a frente com o goleiro. Todo o time interessado em tirar uma lasquinha do Rio Branco. Defesa? Para quê? Bom, talvez para evitar um impensável gol dos visitantes.

Muito preocupado em jogar bonito, Eduardo inventou bicicleta desnecessária e o time foi punido com falta por jogada perigosa. Márcio se posicionou mal na cobrança e a bola sobrou no pé direito de Ico, que só escorou, a um minuto do final do tempo regulamentar: 2×1. Arturzinho foi à loucura: “Era só se colocar direito atrás. O time está mais preocupado em golear!”.

Então, basta organizar a equipe no segundo tempo, certo? Que nada. O Rio Branco se recuperou dos efeitos do fuso horário e desembestou ao ataque. Márcio tentou ajudar: quase engoliu um frangaço por entre as pernas, mas Carlos Alberto salvou a pele do companheiro em cima da linha. Nonato e Moré correram como loucos lá na frente, e nada.

Foram do Rio Branco as melhores oportunidades do segundo tempo. Rodholfo acertou o travessão em jogada que Juliano César deitou e rolou. Sonora vaia das arquibancadas molhadas por chuva incessante; o Bahia pressionado pelo modestíssimo representante do Acre. O desespero do técnico Arturzinho disse tudo: “Só faltam dez (minutos)”, esgoelou-se.

Tempo suficiente para Garanha e Marcelo Brás ensaiarem tabela, e o atacante perder gol certo no chute desajeitado. Ufa! A mais apertada das vitórias tricolores na Série C do Brasileiro”.

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