De Herbem Gramacho, no jornal A Tarde deste sábado:
“Sempre fiel ao time e dona da melhor média de público do Campeonato Brasileiro, pela primeira vez na atual Série C a torcida do Bahia demonstrou publicamente sua insatisfação com os jogadores. Não adiantou vencer o Rio Branco-AC por 2 a 1, na noite de quinta. Os mais de 17 mil pagantes vaiaram o tricolor.
O recado foi dado. Tem que vencer e convencer. Ou pelo menos demonstrar raça, como fez o zagueiro Alison na vitória de 2 a 0 sobre o ABC, quando foi em duas divididas consecutivas e aliviou o perigo com um carrinho só na bola. O reconhecimento foi imediato, e beque teve seu nome gritado em coro pela multidão.
Aplausos e vaias se misturam no ambiente emotivo do futebol. Mas as vaias não ecoavam no Bahia desde o empate em 2 a 2 contra o Atlético de Alagoinhas, na Fonte Nova, que coincidiu com a conquista do título baiano antecipado, pelo Vitória.
Foi no dia 6 de maio. Na ocasião, o Bahia precisava vencer para manter-se vivo na competição. Cedeu o gol de empate aos 43 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Hebert tocou a mão na bola, dentro da área. Márcio Carioca bateu o pênalti. E, eliminada, a massa tricolor não perdoou o time.
Mas, anteontem, o técnico Arturzinho não aprovou a reação da galera. As vaias passam intranqüilidade para os atletas, disse. Logo depois, o comandante elogiou a torcida e realçou a importância dos fãs nos próximos jogos do campeonato.
Com um detalhe. O treinador já prepara o terreno para evitar nova frustração. Será que o torcedor só está acostumado com goleada?, questiona. As vaias surgiram porque o Bahia conseguiu complicar um jogo que foi fácil em todo o primeiro tempo.
Sobrou até para o atacante Charles, que fez boa exibição, mas não conseguiu empurrar a bola para o gol. Ao ser substituído por Moré, ouviu um misto de vaias e aplausos.
O meia Cléber reconheceu a má atuação na etapa final e se juntou ao coro das arquibancadas. Espero que o que nós erramos no segundo tempo tenha sido pelo campeonato todo, frisa.
ALISON O zagueiro Alison, que saiu aos quatro minutos do jogo contra o Rio Branco, machucado, será submetido hoje a um exame de ultrassonografia.
Constatada a ruptura muscular na coxa hipótese mais provável, segundo o médico Daniel Araújo , o beque titular ficará inativo de uma a três semanas.
Depois que saiu, ele nos contou que sentiu a dor durante o aquecimento, mas achou que não era demais, por isso nem falou nada na hora. Terminou de aquecer e foi pro jogo, relata o médico.
Ontem pela manhã, o elenco se reapresentou no Fazendão. Como de praxe, o preparador físico Eduardo Fontes comandou um treino regenerativo no Fazendão.
Hoje, o tricolor volta a treinar no CT de Itinga, a partir das 9 horas. A próxima semana promete muito exercício físico, já que o Bahia só volta a campo no dia 30, contra o Rio Branco, no Acre”.
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