De Nelson Barros Neto, do A Tarde Esporte Clube desta terça-feira, 06 de novembro:
Para o Bahia subir, basta fazer as pazes com a Fonte Nova. Não é exagero. Pode parecer uma obviedade, mas é lá, na casa da torcida campeã de público no Brasil, que reside a fórmula da ascensão tricolor à Segundona.
Dono de 100% de aproveitamento em Salvador até o início do octogonal, o Esquadrão de Aço não vence em plagas soteropolitanas há exatos 23 dias. Após o custoso triunfo de 1 a 0 sobre o Crac, o time ficou no 2 a 2 seguidamente com Barras e Bragantino. Decepção total para uma massa de 109.114 pessoas, se somadas as platéias de ambos os confrontos.
O mais curioso é que os comandados de Arturzinho, em contrapartida, possuem a melhor campanha como visitantes nesta fase final de Série C. Ao lado de Atlético e Vila Nova, a equipe só perdeu uma, empatou outra e já ganhou duas vezes e justamente da dupla goiana. Alguma coisa está fora da ordem, e é preciso urgentemente revertê-la.
O próprio clube sabe disso. “Continuamos com a invencibilidade dentro da Fonte, mas tivemos alguns tropeços. É aquela história que todo mundo dizia: se fizermos o dever de casa, subimos”, fala o diretor de futebol Ruy Accioly, coberto de razão.
PREMIAÇÃO No ano passado, o Grêmio Barueri, último dos quatro classificados, livrou-se da Terceira Divisão com 23 pontos. Mas a conta tem tudo para cair, devido ao grande equilíbrio da disputa atual.
Enquanto em 2006 a diferença do líder para o quinto colocado transcorrida a sétima rodada era de 11 pontos, agora é de apenas cinco.
“Já ouvi muita gente na imprensa dizer que seriam necessários 24, 23 pontos. Já falaram em 21. Pelas circunstâncias de momento, meu número é 22, porém não quero afiançar nada”, acrescenta Accioly, que enxerga a tabela com bons olhos.
“Após realizarmos três jogos em casa, neste returno temos quatro. Vencendo todos eles, chegaríamos a 24. Sem falar que das partidas fora, duas são em campo neutro e apenas uma é totalmente fora”. O dirigente se refere ao duelo contra o Bragantino, marcado para Bragança Paulista. O Bahia, entretanto, pega o interiorano Barras na capital do Piauí e o goiano CRAC no estado vizinho de Minas Gerais.
Questionado se o bicho prometido para o caso de triunfo em cima do Nacional, na Paraíba, será mantido para esta quarta, prontamente negou: “Não, não. Aqui tem obrigação de ganhar. Sempre é bom motivar um pouco o grupo, mas infelizmente não conseguimos o resultado lá”.
Embora novos anúncios de prêmios possam voltar a acontecer, a grana pelo acesso já está fixada, girando em torno dos R$ 300 mil. “Foi logo no começo do campeonato, antes mesmo do primeiro quadrangular. Combinamos com os atletas assim, premiação por objetivo”, conta.
O dinheiro será dividido proporcionalmente com o elenco. “Quem joga menos, ganha menos”, exemplifica, “a não ser que um jogador abra mão de sua parte para o colega”.
MATEMÁTICOS – Em três semanas os tricolores saberão se terão direito às suas respectivas fatias. Com jogo quarta e domingo, domingo e quarta, o octogonal vai passando rapidinho. A última jornada está agendada para o próximo dia 28, um meio de semana à noite.
Calculam os matemáticos do site chancedegol.com.br que o Esquadrão, apesar de terceiro lugar na tabela, é o quarto em possibilidades de ascender uma Série. Ele possuiria 59% de chances, atrás de Bragantino (96,2), Crac (94,3) e Atlético (59,6). Na seqüência, aparecem ABC (52,8%) e Vila Nova (38,1%).
O melhor ataque, até agora, pertence ao Crac (16 gols pró), ao passo que a melhor defesa é a do Bragantino, com somente nove gols sofridos. O Bahia anotou 14, porém levou 12, a despeito do ferrolho do treinador azul, vermelho e branco.
Ao todo, o clube balançou 50 vezes as redes adversárias, sendo oito de pênalti, 12 de cabeça e duas de cobrança direta de falta. Metade no primeiro tempo e a outra no segundo.
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