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Arturzinho ainda não decidiu se continua no clube

Notícia
Historico
Publicada em 1 de dezembro de 2007 às 00:11 por Da Redação

De Moysés Suzart, no jornal A Tarde deste sábado:

“Tirar leite de pedra não foi fácil para o técnico Arturzinho na temporada. Mesmo fazendo milagre com o Bahia, conseguindo o retorno à Série B, o reinado do comandante para próxima temporada segue indefinido. A direção esteve nesta sexta com o treinador para resolver seu futuro no Fazendão. No final da conversa, nada foi definido, deixando para segunda-feira a final – ou continuação – da novela entre Esquadrão de Aço e Artur.

Segundo Arturzinho, três aspectos foram exigidos, ou pelo menos solicitados, por ele. “Agora a história é outra. A Série B exige planejamento e um elenco competitivo. Não peço nada além do que é necessário para conseguir vaga na Série A. É preciso um investimento na estrutura física, em boas contratações, além de uma comissão técnica mais bem equipada“, salientou.

Infelizmente, pelo segundo dia consecutivo, o presidente Petrônio Barradas não atendeu aos telefonemas do ATEC, acumulando assunto que seria do interesse da torcida tricolor, como a nova casa para abrigar jogos, possível processo contra o estado, além da permanência do comandante.

Pelo menos para Arturzinho, todas as exigências foram bem recebidas pelos dirigentes, que confirmaram a necessidade de melhorias nos aspectos abordados pelo ex-jogador. O problema está no salário do “professor“, como é chamado pelo elenco. “Não estou pedindo uma quantia grande. Apenas o justo pelo trabalho que tenho feito no clube. É uma valorização pelo que contribuí aqui“, afirmou Artur, acrescentando que deseja permanecer no cargo.

Caso permaneça no comando, o treinador não quer saber de improviso, como foi feito neste ano. Ao entrar no Bahia, Arturzinho sabia das condições precárias do tricolor e resolveu arriscar, mesmo sabendo que o desafio era grande. No início da temporada, nem o campo principal de treinamento tinha condição de ser utilizado. Sem dinheiro, contratação também era difícil.

“Eu não reclamei este ano, porque sabia das condições limitadas para a Série C. Eu falava com os jogadores para fazerem o mesmo, pois deveríamos atravessar todos os problemas na raça. Conseguimos e não estamos sendo reconhecidos por muitos, que não tiveram idéia das dificuldades que passamos“, salientou Artur, sem querer entrar em detalhes dos principais problemas encontrados. “Já passou, vamos olhar pra frente“, salientou.

Apesar de toda dificuldade, Artur conseguiu o objetivo principal do Bahia: sair da Série C. No início do ano, era claro a superioridade do Vitória no Campeonato Baiano. Arturzinho deu o diagnóstico desta constatação em apenas uma palavra: planejamento. “Eles tinham uma base que até eu peguei quando treinei o Vitória em 2006. Lembro ainda da zaga. Apodi, David Luiz, Jean e Alysson. Como já tinham uma base consolidada, o entrosamento era maior“, pregou.

Mesmo assim, o Bahia conseguiu, pelo menos no final da primeira fase, conquistar o mesmo número de pontos do rival. Ambos ficaram com 50 pontos. Pela Copa do Brasil, mesmo com uma estrutura precária, o tricolor conseguiu passar pelo Goiás, até então com o status de Primeira Divisão. Foi eliminado da competição com dois empates, diante do campeão Fluminense.

Porém – Na Série C, foi o que mais pontuou na competição, apesar de terminar em vice. O Bragantino, na classificação geral, somou 55 pontos, contra 63 do Esquadrão de Aço.

“Além do acesso, consegui revelar Eduardo, Danilo Rios e Rafael Basto, além de trazer a torcida novamente para a Fonte Nova. Ou você não lembra do público zero?“, lembrou Artur.

Porém, nem tudo são flores no reino do comandante. O seu gênio autoritário e teimoso deixou alguns torcedores com a pulga atrás da orelha. Algumas brigas com jogadores foram parar na mídia, o que colocou em dúvida seu comando.

Outro aspecto negativo. Não conseguiu levantar nenhum troféu este ano, tendo que se contentar com a freguesia imposta pela superioridade rubro-negra. Foi vice na Série C e estadual, e está com esta preocupante marca há dois anos em solo baiano. Quando comandava o Vitória, em 2006, também terminou o baiano em vice, vendo o Colo-Colo campeão”.

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