“Era Petrônio” pode acabar hoje

O presidente do Bahia S/A, Petrônio Barradas, antecipou-se à notificação do poder judiciário e, acompanhado da advogada da empresa, Tâmara Medina, se apresentou ontem no Fórum Ruy Barbosa para ser citado. A estratégia foi driblar o recesso do Judiciário, de hoje até 6 de janeiro, com plantão restrito a medidas urgentes, para tomar conhecimento oficialmente da decisão da Justiça e poder preparar sua defesa.

“Sentimos que o prazo para defesa poderia ser exíguo, então, o presidente optou por se apresentar volutariamente para termos acesso completo ao processo e elaborarmos nossa defesa”, justificou Tâmara Medina, minutos depois de deixar o Fórum Ruy Barbosa, por volta das 16h45. Começou, assim, o prazo para a diretoria da S/A se afastar, sob pena diária de R$ 50 mil.

Hoje, às 18h o Conselho de Administração do Bahia S/A vai se reunir para indicar o nome da pessoa que vai assumir o comando do clube, mas já se sabe que é alguém ligado ao grupo a Petrônio, Paulo Maracajá e Marcelo Guimarães. O departamento jurídico tricolor desde ontem preparou a defesa e entra ainda hoje com um agravo para derrubar a liminar que determinou o afastamento dos dirigentes. Agora, depende do judiciário, normalmente embaralhado em trâmites burocráticos, posicionar-se sobre a defesa impetrada ontem, à tarde. “Confiamos em ter sucesso no pleito, de forma que não haverá necessidade de o Conselho de Administração se reunir e deliberar sobre substitutos para os cargos”, antecipou-se Tâmara Medina, confiante.

O argumento da promotora de Justiça do Consumidor do Ministério Público, Joseane Suzart, que convenceu a juíza da 8ª Vara da Fazenda Pública, Aidê Ouais, focou a utilização da Fonte Nova “mesmo tendo conhecimento prévio das precárias e estarrecedoras condições do estádio”.

Correio da Bahia

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