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Em jogo confuso, Tricolor perde do lanterna

Notícia
Historico
Publicada em 13 de fevereiro de 2008 às 22:29 por Da Redação

Fim de papo no Heraldo Curvelo. O Bahia perdeu por 1 a 0 para o lanterna Poções. O jogo foi marcado por muita cera do time da casa, o conhecido péssimo gramado, agressões, jogadas ríspidas e um pênalti não-marcado para o Esquadrão no fim da partida. Para se ter uma idéia, no segundo tempo foram 7 minutos de acréscimo. O Bahia jogou mal e ainda perdeu o volante Fausto para a próxima partida, domingo contra o Fluminense no Jóia da Princesa, na estréia da nova casa tricolor. O atleta foi expulso após fazer um gol de mão. Elias e Cléber Carioca receberam o terceiro cartão amarelo e também estão fora do jogo. Problemas à vista.

Confira matéria do repórter Eduardo Rocha, do Correio da Bahia, sobre o jogo:

“Os dados são o subsídio do apostador contumaz. Barbada! O azarão da noite paga cem por um em qualquer bolão tricolor. Oito derrotas, nenhuma vitória, lanterna do Campeonato Baiano, ataque menos eficiente, defesa mais vazada. O Poções não passou sequer um jogo sem sofrer ao menos um golzinho. Até ontem. O Bahia não encontrou respaldo nos números: sete vitórias, líder, melhor ataque, melhor defesa, 21 pontos de frente. No Heraldo Curvelo, perdeu por 1×0 para os donos da casa.

É hora de pagar a aposta. A diferença para o segundo colocado, Atlético, no estadual caiu para três pontos. O tricolor soma 23 e pode ver o Vitória encostar na tabela. O rubro-negro caiu para terceiro, com 19, mas tem um jogo a menos por conta da Copa do Brasil. O Vitória da Conquista completa o G4 com os mesmos 19 pontos, atrás do homônimo da capital apenas no saldo de gols (7 a 4).

O Bahia busca a recuperação no seu novo mando de campo, às 17h de domingo, contra o Fluminense, no Estádio Alberto Oliveira (Jóia da Princesa). Para a partida, o técnico Paulo Comelli não poderá contar com Fausto, expulso ontem, e Cléber Carioca, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O Poções tenta engrenar a série vitoriosa que o salvaria do rebaixamento contra o Ipitanga, novamente em Poções, no péssimo gramado do Heraldo Curvelo.

Jogo – Aliás, só o pasto do estádio do sudoeste para reduzir o abismo que separa Bahia e Poções na tabela. Carregar a bola? Impossível. O eterno pinga-pinga garante o espetáculo grotesco de caneladas e barrigadas. Hudson foi o primeiro a se aproveitar do estado do gramado para arriscar de longe. Darci estufou o peito e rebateu no susto.

Aviso dado: atenção com o chute rasteiro. Entre tropeços e encontrões, o Bahia superou as limitações do campo e criou algumas oportunidades. Elias comanda a distribuição de bolas no meio-de-campo. Uma para Reinaldo Aleluia e a defesa corta a conclusão de bico; outra para Didi, mas a pontaria não é o forte dos atacantes. Então, o canhoto decide procurar o gol por conta própria e a cobrança de falta pára no tapinha de Marivaldo.

O Bahia teve mais volume de jogo até os 30 minutos, quando o Poções começou a encaixar os contra-ataques. Darci operou verdadeiro milagre na tentativa de Jajá, por cobertura. Mas lembra do aviso? A tal da bola rasteira traiu o astro maior do clássico de domingo. Aos 34, a cobrança de falta resvalou no gramado e chegou quente às mãos do goleiro. Nenenzinho aproveitou a sobra e colocou o lanterna em vantagem.

Acredite, quinto gol do Poções em 11 rodadas no Campeonato Baiano 2008. Até então, apenas as defesas de Fluminense, Feirense, Itabuna e Vitória da Conquista haviam tido o “privilégio” de sofrer gol do ataque mais inoperante do estadual. O ala Daniel ainda tentou equilibrar as contas no primeiro tempo, mas o cruzamento fechado carimbou a trave.

Os últimos 45 minutos foram de um time só. O Bahia partiu para o abafa e a dupla de ataque trocou passes pela primeira vez. Aleluia se apresentou pela esquerda, levantou na área e Didi cabeceou firme para a defesa plástica de Marivaldo. Daí em diante, Elias se apresentou em todas: nos chutes de média distância e, principalmente, nas cobranças de falta.

O técnico Paulo Comelli fez sua parte. Sacou Luciano Baiano, Daniel e Reinaldo Aleluia e lançou o time à frente. Ananias, Pantico e Anderson Costa em campo. O Bahia martelou nas bolas aérea. Elias cobrou quatro escanteios em seqüência entre os 28 e 30 minutos. Nada. Fausto tentou burlar a barreira defensiva aos 50, no melhor estilo Maradona, mas o árbitro Rosalvo da Silva Mota não engoliu a versão baiana de “la mano de dios”. Vermelho direto para coroar o tropeço diante do lanterna.”

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