Em 19 de fevereiro de 1989, a Bahia era o centro do futebol nacional. O Esporte Clube Bahia celebrava seu bicampeonato brasileiro. Em Porto Alegre, 11 heróicos tricolores sustentaram o empate sem gols que fez valer a conquista. Assim que o juiz apitou, o carnaval baiano tornou-se praticamente infinito. 30 anos depois, o Bahia voltava a conduzir o Nordeste ao topo no país do futebol.
O 4-3-3 de Evaristo de Macedo foi o símbolo de um Bahia corajoso. No estilo que a torcida gosta. O Esquadrão driblou os mais diversos obstáculos. No mata-mata, foi obrigado a reverter vantagens alheias para truinfar. Com o apoio da fanática torcida, virou os dois últimos jogos na Fonte Nova. Contra o Fluminense, mais de 110 mil pessoas empurraram. Isso dentro do estádio, porque fora ficaram quase 30 mil.
O capitão Bobô foi o ícone de uma conquista realmente inesquecível. Mas todos merecem eterna lembrança pelo título. Os goleiros Ronaldo, Sidmar e Rogério; os laterais Tarantini, Paulo Robson, Maílson e Edinho; os zagueiros João Marcelo, Claudir, Pereira e Newmar; os meias Paulo Rodrigues, Gil, Bobô, Sales e Zé Carlos; os atacantes Renato, Osmar, Charles, Marquinhos, Dico e Sandro.
É desse Bahia vencedor que o torcedor sente saudade. Quase duas décadas depois, o maior clube do Norte-Nordeste sofre para recuperar sua dignidade. A nação tricolor vive o maior jejum de títulos da história. Mais: sofre com uma incompetência administrativa que é tão intensa que nem impressiona mais. O errado virou certo e o anormal virou comum.
O Bahia é grande demais para admitir quase meia década fora da elite do futebol nacional. Cadê a democratização? Cadê o profissionalismo? Se dentro de campo, bem ou mal, a bola vai entrando, fora dele o caos continua. Ou é digno de Bahia ver funcionários ameaçando entrar em greve?
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