A festa da nação tricolor, pelo menos três vezes maior nas arquibancadas (há quem diga quatro), não importou apenas o funk carioca no Estádio Alberto Sampaio de Oliveira, o popular Jóia da Princesa. Além do grudento `créu´, cantado e coreografado ao longo dos 90 minutos, a galera adaptou os versos do forró `Beber, Cair e Levantar´, da banda pernambucana Saia Rodada, reeditando o que já havia feito no triunfo de duas semanas atrás, no Barradão, só para tirar uma onda da torcida adversária.
Como a segunda parte do coro é, digamos assim, de baixo calão, fiquemos com o seu início, que dá para imaginar o final: “Vamo simboraaa…. pro Jóiaaa…”. Mas, apesar de toda a gozação, nada que possa fazer frente ao insuperável hino de Adroaldo Ribeiro Costa.
Quando Pantico cobrou a falta, instantes antes de Rogério anotar o gol da vitória, a galera puxava exatamente a parte que os rubro-negros mais detestam. “Vamos conquisar mais um tento… Bahia, Bahia, Bahia!”. Deu certinho.
Canção materializada, a algazarra entrou em cena. Bem que o torcedor avisou: “Essa bola vai ser gol. Já podem comemorar! Vai ser de Alison, essa múmia!”, disse, em referência à bandana na cabeça do camisa 3 tricolor. Só errou o artilheiro.
Outros hits, porém, marcaram presença na parada de sucessos da maior organizada do clube, a Bamor. Na entrada da equipe em campo, encerrados os gritos com o nome de cada jogador, devidamente correspondidos no gramado, ouviu-se o tradicional “Timinho, fuleiro, nunca foi campeão brasileiro!”, o adaptado “Vamos torcer pro Bahia ser campeão… aqui no Jóia… meu caldeirão!” e o inovador “Ó meu Bahia… amo você… eu vou cantar / o jogo inteiro / pra você vencer…”.
Segundo tempo passando, o técnico Vadão começou a mexer no Vitória e a nação, claro, não perdeu a oportunidade de perturbar o rival. “Bota Moré, bota Moré!”, brincou, sobre o ex-atacante do Bahia hoje no Barradão, totalmente apagado desde que estreou por lá. A certeza do resultado positivo veio aos 43 minutos, após o rubro-negro Diego Silva perder chance debaixo da trave.
Até duas horas depois do jogo teve gente buzinando pelas ruas da “Princesa do Sertão”. No som dos carros, em altíssimo volume, não faltaram o funk do créu, “Beber Cair e Levantar” e uma série de arrochas com letras de exaltação ao Esquadrão de Aço.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.