Pituaçu: gastos vão aumentar e público, diminuir

Para alívio da torcida tricolor, as obras do Estádio Metropolitano de Pituaçu “seguem a todo vapor”, como afirma a presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Maria del Carmen, responsável pelo projeto. Seis semanas depois do início da reforma, o prazo para tudo ficar pronto permanece o mesmo (21 de julho), garante.

Alguns entraves, porém, provocarão mudanças em relação ao planejamento inicial, a exemplo da capacidade, que deve cair de 34 mil para, no máximo, 32 mil. “Resolvemos diminuir um pouco por causa da segurança, ampliando os pontos de circulação para o torcedor. Além disso, a planta do estádio não corresponde inteiramente à realidade que encontramos”, explicou Del Carmen.

Antes prevista para custar R$ 21,8 milhões aos cofres públicos, a obra certamente precisará de um investimento maior por parte do governo. “Pode ter uma variação em função das pequenas coisas que podem ser dectecadas. O orçamento cobrado pela Coelba para os transformadores da rede subterrânea, mesmo, foi superior ao que imaginávamos”.

As próximas etapas são a colocação de assentos nas arquibancadas, cravar a fundação dos novos vestiários, começar a mudança da parte elétrica e replantar a grama, já completamente retirada. Quanto à drenagem, “apesar de continuar em boa qualidade, queremos modificá-la para que possa ser reutilizada também na irrigação do campo”, contou a presidente da Conder.

Engenhão – Composta por uma série de lotes, a reforma ainda não está com todas as empresas aptas a trabalhar no local definido, embora não se fale em licitação, por se tratar de “algo emergencial”. Entre as interrogações, estão a construção do placar eletrônico e das cadeiras do Roberto Santos.

A grande novidade ficará por conta do estacionamento e das vias de acesso. “Uma equipe nossa esteve recentemente no Rio de Janeiro, onde visitou o Maracanã e o Engenhão, e decidimos seguir o exemplo deles aqui, inclusive como manda as recomendações da Fifa”.

Nenhum carro particular poderá parar ao redor do estádio. A idéia é limitar as vagas para áreas reservadas no Centro Administrativo e na Av. Pinto de Aguiar, que leva à Universidade Católica. Paralelas e viadutos levarão o público.