A insuficiente goleada de 5 a 0 sobre o Vitória da Conquista, domingo, marcou não apenas a despedida tricolor no Baianão 2008, como a última partida da equipe no Estádio Armando Oliveira, em Camaçari. A partir do confronto com o Fortaleza, sábado, válido pela primeira rodada da Série B, até a reinauguração de Pituaçu, prevista para 5 de agosto, o mando de campo do Bahia no Campeonato Brasileiro será o Jóia da Princesa, na cidade interiorana de Feira de Santana. Mesmo com portões fechados.
Não tem para onde correr. O artigo 20 do regulamento da Segunda Divisão determina que a capacidade mínima dos estádios a serem utilizados no certame deverá ser de dez mil espectadores sentados e isso está longe de acontecer no Armandão.
Laudos da prefeitura local garantem que a praça suporta este número, porém cerca de três mil torcedores precisariam ficar em pé, ao redor do gramado. Sem falar que, mesmo com as arquibancadas de lá repletas, o máximo que o borderô das partidas registrou foi 3.840 pagantes.
Pior para o Esquadrão, cujos atletas nunca esconderam preferir Camaçari em vez de Feira. Acho um excelente estádio. As condições que o campo oferece e as acomodações são muito boas. Se tivesse maior capacidade, seria perfeito, chegou a declarar, em meados de março, o volante Fausto. Que acrescentou: Antes do jogo de ontem, a gente foi fazer o reconhecimento do campo e disse um para outro: Pô… isso é que é gramado. O jogador fica até mais motivado.
Na época, o capitão azul, vermelho e branco liderou um pedido para que o time retornasse ao palco do Pólo, então substituído por conta das fracas arrecadações. Deu certo, principalmente com relação aos resultados.
No Jóia, ao todo, foram sete jogos, com quatro triunfos, dois empates e uma derrota (aproveitamento de 66,6%). No Armandão, sete triunfos e um único empate (91,6%).
Embora exija que os comandados consigam atuar bem em qualquer lugar, o técnico Paulo Comelli contemporiza: Eles se sentem bem lá. A opinião deles vale mais que a minha, porque são eles que entram em campo.
PITUAÇU Quanto ao Estádio Metropolitano Roberto Santos, a reforma está evoluindo, garante Suza Machado, da Assessoria de Comunicação da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder, encarregada pela execução das obras de infra-estrutura do governo estadual). Estamos tentando correr contra o prejuízo. As duas greves da construção civil foram, realmente, elementos complicadores, acrescenta.
Mesmo assim, o discurso do responsável pela Construtora NM, uma das cinco à frente do projeto, é otimista. Continuamos com a perspectiva de concluir no prazo previsto. Felizmente, a chuva não vem atrapalhando tanto , afirma Toufic Khoury, encarregado das arquibancadas, vestiários, bilheteria, cantinas e sanitários.
O trabalho dos operários tem se estendido até as 21 horas. Às vezes, quando o serviço é de acabamento, envolvendo pequenos detalhes, até mais. Dia 5 de agosto tem Bahia x Ponte Preta.
Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta terça-feira 06/05/2008 do suplemento A Tarde Esporte Clube
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