O vôo do diretor de futebol do Bahia, Ruy Accioly, a Aracaju soou como indício de que o caminho tricolor poderia se estender para além de Feira de Santana. Mas o uso do Batistão na Série B segue apenas como plano emergencial. A primeira opção ainda é o Barradão. A Federação Bahiana de Futebol (FBF) aguarda o encerramento dos festejos juninos para intermediar, semana que vem, reunião entre dirigentes de Bahia e Vitória na sede da entidade.
A intenção é sensibilizar os rubro-negros a deixar de lado a rivalidade e receber o adversário nas quatro partidas que antecedem o prazo estabelecido pelo governo do estado para a conclusão das obras no Metropolitano de Pituaçu. Em entrevista à Rádio Sociedade na última quarta-feira, o governador Jacques Wagner assegurou que o estádio será entregue no final de julho, com tolerância para o início de agosto.
O dinheiro por parte do governo está todo empenhado e essa é a data que eu tenho, enfatizou, descartando a hipótese de a reformulação se estender até setembro. Outro ponto favorável a um acordo entre as diretorias é a tendência de que não haja exigência quanto a eleições diretas na licitação do aparelho público. Estamos discutindo. Eu não posso me intrometer no funcionamento do clube, apesar de, como torcedor, ser favorável ao voto direto. Se houver mais de um pretendente, temos que licitar, mas o normal é que o mando de campo seja do Bahia, completou.
Confirmada a informação, resta ao tricolor decidir onde atuará como mandante nas partidas contra Avaí (4/7), ABC (8/7), São Caetano (22/7) e Bragantino (25/7). O interesse de deixar o Jóia da Princesa ocorre por série de problemas. Os mais graves: evasão de público, estado e dimensões do gramado. O presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, sugere que o Bahia demonstre interesse e formule uma proposta oficial ao Vitória. Seria interessante ver como funciona o mercado e propor um acordo para o aluguel do Barradão, opinou, preocupado com ambos os filiados.
Algo nos moldes do que acontece com Morumbi (SP), São Januário (RJ) e mais recentemente Arruda (PE), de propriedade do Santa Cruz e utilizado pelo Náutico na Série A. Esgotada a possibilidade de acerto semelhante na capital baiana, estádios como o Lomanto Júnior (Vitória da Conquista) e o Luiz Viana Filho (Itabuna) entrariam em pauta. Só então se passaria a pensar jogos fora do estado, apesar de o secretário de Esporte e Lazer de Sergipe, Léo Filho, ter declarado ao site da secretaria que reunião, ontem, definiria os últimos acertos sobre o assunto.
Não é o que diz a lei. O Artigo 21 do regulamento da Série B garante: O mando de campo das partidas será exercido no limite da jurisdição da federação a que pertença o clube mandante, exceto em situações excepcionais, a critério da Diretoria de Competições da CBF, respeitado o Regulamento Geral das Competições. E o documento nacional, no Artigo 12, garante poder decisório a Ednaldo Rodrigues, neste caso: Para que possa ocorrer uma mudança de local de uma partida de um estado para outro, por desejo do clube mandante, será necessária a solicitação do presidente da federação a que pertencer o clube mandante e a concordância do presidente onde se pretenda realizar a partida… com antecedência mínima de 10 dias… além de prévia autorização da DCO (Diretoria de Competições da CBF).
Correio da Bahia
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