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Treinadores engordam política de contratações

Notícia
Historico
Publicada em 30 de junho de 2008 às 16:51 por Da Redação

De Eduardo Rocha, do Correio da Bahia:

O discurso batido dos últimos treinadores do Bahia incomoda pela incompatibilidade com suas atribuições. “Estamos ligando diariamente. Ontem (quinta), passei boa parte do tempo no clube telefonando para amigos em busca de atletas”. A garantia de Arturzinho repete a de Paulo Comelli, que mantinha contato com conhecidos no futebol paulista para formar grupo mais consistente.

E, com Arturzinho, já aconteceu em 2007. Quem não se recorda de Paulo Musse, Humberto, Jairo, Amauri e Fábio, todos contatados pelo próprio para estadual e Série C? O expediente é convencional em outros clubes, com diretoria e comissão técnica em harmonia, mas aqui é categórica a distorção: o comandante de campo praticamente ocupa terreno do departamento de futebol.

Comelli costumava freqüentar o Fazendão fora dos horários de treino para, dentre outras coisas, estreitar laços com possíveis reforços. Usou a relação com empresários, colegas e dirigentes, trazendo Cristiano, Everton, Ceará e Ayrton no final do Baianão. Em menos de três meses, o quarteto foi embora, pouco antes do treinador.

Somada à falta de dinheiro, a política aumenta sensivelmente o número de contratações. As 26 realizadas este ano ainda estão longe das 34 de 2007 ou das 61 da temporada 2006, mas são sintoma de que o trem não anda perfeitamente nos trilhos.

Apresentemos o exemplo longínquo do bicampeão brasieiro São Paulo, onde a divisão das funções é bem definida. Por lá, a comissão identifica carências e recebe lista com nomes de possíveis reforços para cada posição. Diretoria e treinador discutem as melhores opções, mas a palavra final é dos cartolas.

Líder nas primeiras rodadas da Série A, o Flamengo aprendeu com a desgovernada política “pão de queijo” de Ney Franco – que levou do Ipatinga Walter Minhoca, Leandro Salino, Diego Silva e outros tantos –, e assumiu as rédeas. “Papai Joel” também aprovou, mas partiram do vice de futebol Kléber Leite as negociações com Jonatas, Diego Tardelli, Marcinho e Kléberson. Caio Júnior só indicou o zagueiro Dininho para a vaga de Rodrigo.

Reforços – Atender o treinador é de bom tom, mas na medida do possível. Ou então, onde irá parar a “política de contratações”? O Bahia precisa de meias e teve oferecidos Adriano Felício, Abedi, Marcel, Rosembrick, dentre outros. “Alguns seriam bem-vindos, outros não. Tem jogador aí que atua no clube há não sei quanto tempo e não fez um gol”, afirmou Arturzinho, direto sobre Felício, 45 partidas pelo Botafogo desde 2007.

O treinador tinha interesse no veterano Euller, mas o América-MG confirmou a renovação do atacante para a Série C. “O Euller vai ficar no América até chegarmos à Série A”, afirmou, em tom de brincadeira, o site oficial do clube mineiro. Outro na pauta é Luiz Mário. Falta poder de barga-nha. Alguns jogadores estiveram engatilhados, mas pediram dinheiro na mão além do salário.

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