Arturzinho critica rivalidade sobre caso Barradão

De Moysés Suzart, no jornal A Tarde desta quarta-feira:

“Artur, o técnico, não tem a capacidade de tirar uma espada da pedra, como seu xará e rei inglês fez na lenda da espada Excalibur. Mas o treinador do Bahia às vezes tira onda de nobre, como o gringo. Sobre a polêmica que envolve o mando de campo do tricolor ser transferido para o Barradão, Arturzinho fez um discurso típico de uma majestade.

“Tem que existir profissionalismo. Aqui existe ainda a parte chata da rivalidade, vinganças e picuinhas. No futebol isso já acabou. O Corinthians joga no campo do São Paulo e o presidente do Flamengo assiste o jogo junto com o presidente do Vasco. Hoje eu tenho certeza que eles vão se ajudar, independente se são rivais dentro de campo. O nível do futebol atingiu um patamar onde uma mão lava a outra”, desabafou Arturzinho.

O comandante ainda deu um aviso ao rival Vitória, que pode, pela terceira vez, se posicionar contra o Bahia na Toca. “Eles têm que saber que o mundo não pára de girar. Hoje é o Bahia, amanhã pode ser o Vitória precisando de algo que só o Bahia tem. Como disse, uma mão lava outra”, finalizou o filósofo.

Mas a opinião se divide. Ávine, torcedor declarado do Esquadrão, deu sua posição sobre o Barradão: “Não. Se dependesse de mim, nem pisava os pés lá, mesmo sabendo que seria a melhor forma do nosso torcedor apoiar mais”.

O próximo adversário do Bahia também pena com a falta de estádio. Apesar do rival São Paulo ceder o Morumbi, o Corinthians sofre com o alto aluguel do estádio, o que poderia ocorrer também caso o Vitória cedesse o Manoel Barradas.

Só este ano, o Timão já faturou cerca de R$ 10 milhões, três a mais que o ano anterior na Série A. Entretanto, boa parte desta arrecadação foi parar nos bolsos são-paulinos. Só de aluguel, mais de R$ 1,5 milhão foram para o tricolor paulista. E R$ 352 mil ficaram no Pacaembu”.