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Arena pela metade?

Notícia
Historico
Publicada em 9 de janeiro de 2009 às 00:10 por Da Redação

De Nelson Barros Neto, no jornal A Tarde desta sexta-feira:

“O que parecia não passar de mais uma provocação da rivalidade Ba-Vi, recrudescida após a chegada de Paulo Carneiro ao Alto de Itinga, já é admitida por prefeitura de Salvador, governo do Estado e a própria diretoria do Bahia. Nenhuma das partes confirma os 13 mil alardeados por Alexi Portela Júnior, presidente do Vitória. Todos confessam, porém, que a capacidade do Roberto Santos, ao menos neste início de temporada, pode mesmo ser reduzida.

“O complexo viário que ficou a cargo da Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado) não foi feito, então isso vai trazer implicações ao trânsito”, alega o secretário municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin), Almir Melo, que anuncia uma reunião, ainda hoje, para bater o martelo sobre o assunto.

As ausências da passarela ligando o Centro Administrativo (CAB) ao estádio e a duplicação da Avenida Pinto de Aguiar, onde fica a Universidade Católica, previstas no planejamento do começo de 2008, são apontadas como os principais problemas. Sem elas, colocar os 32.400 pagantes possíveis na arena seria um risco para a população.

“Tem que ser feito um estudo completo, verificar o plano de contingenciamento, saber qual é a repercussão dos torcedores com carro…”, cita o secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida, sem conseguir deixar de endossar a situação. E ele completa, também lembrando do encontro de logo mais – não divulgados horário e local até o fechamento da edição: “Todo show que ocorre na cidade, como no Wet´n Wild, envolve uma programação para que não cause riscos para os usuários”.

VIÉS POLÍTICO – De acordo com o presidente tricolor Marcelo Guimarães Filho, foi o próprio Bahia quem procurou a prefeitura, e não o contrário. “Fomos atrás deles, assim como fizemos com o governador Jaques Wagner, para saber se a falta das cadeiras e do placar eletrônico seriam empecilho, e vimos que não”, explicou o deputado, que pretende marcar uma audiência com o prefeito João Henrique.

Além de declarar que o número mencionado pelo cartola rubro-negro era “um chute”, já que a diminuição seria em verdade para cerca de 20 mil pessoas, Guimarães refutou a hipótese de viés político na medida. “Acho que não. Na minha conversa com o secretário (Almir Melo), não percebi nada de revanchismo partidário. Obviamente, a gente ouve muita coisa por aí, mas não identifiquei isso, não”.

Questionado a respeito dos laudos técnicos exigidos para a liberação de Pituaçu, envolvendo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Vigilância Sanitária, disse que se tratava de tarefa da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb). “Mas temos tratado com Bobô, sem falar que o presidente Ednaldo Rodrigues (da Federação Baiana de Futebol) tem sido bastante solícito com relação aos laudos”.

O governo garante que já deu entrada nos pedidos, que devem ser aguardados na FBF até a próxima segunda-feira (12).

“Prestígio” é a arma do Bahia

Embora se mostre preocupado com a possibilidade de não poder contar com a lotação máxima de “seu caldeirão”, o presidente Marcelo Guimarães Filho pretende utilizar a aliança política com o prefeito João Henrique para contornar a situação. “Óbvio que a amizade que tenho com ele, além de sermos do mesmo partido, ajuda muito”, diz.

Segundo o deputado federal pelo PMDB, tal questão se trata de uma coisa natural. “Apoiei ele na reeleição. Fiquei aqui em Salvador durante o período só trabalhando para este objetivo”, acrescenta, otimista. “Tenho absoluta confiança de que no dia 21 terá jogo em Pituaçu, e com todas as 32.400 pessoas permitidas”, conclui, referindo-se à estreia tricolor em casa no Estadual, numa quarta-feira à noite, diante do caçula Madre de Deus.

ALFINETANDO – Enquanto isso, o vice Gilberto Bastos não se conforma com o que chama de `polêmica criada pelo rival´. “Isso é esse pessoal do Vitória que está perdendo as estribeiras. Em vez de tomar conta de suas coisas, ficam aí inventando moda para prejudicar o Bahia. O governo vai nos ajudar, e a prefeitura também”, afirmou o pecuarista, destacando que tudo não passa de “conversa fiada e papo furado”.

Procurado na véspera, o presidente rubro-negro Alexi Portela Júnior rebateu: “Não quero criar polêmica, mas como se pode administrar um estádio sem alvará?”.

Alvo de ações desde o Ibama, passando pelo Sindicato da Construção Civil, até chegar ao Ministério Público Estadual, a `requalificação´ do Roberto Santos estava prevista para custar R$ 21,8 milhões – hoje já virou R$ 55 milhões – e terminar em 21 de julho do ano passado”.

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