A Outplan FutebolCard prometeu pagar nesta quarta-feira, 27, ao Bahia pelos danos causados com a pane no sistema da empresa que retardou a impressão de ingressos antes da partida de sábado passado, contra o Ceará, em Pituaçu. O valor ainda não foi fixado.
Em consequência, os portões do estádio foram abertos ao público e um número de pessoas não quantificado assistiu de graça ao triunfo do tricolor por 1 a 0. A questão, agora, é chegar a um acordo quanto ao número de penetras autorizados.
Nesta terça, 26, o diretor administrativo da empresa catarinense que opera com a bandeira da VisaNet, Rodrigo Calomeno, reuniu-se no Fazendão com o diretor financeiro Tiago Cintra, acenando com a estimativa de 700 a 800 torcedores que entraram sem pagar.
Não houve acordo, mas vai haver, disse Calomeno após o encontro. Não queremos lesar ninguém. Vamos atrás de mais informações sobre estimativa de público e resolver a questão.
O funcionário do Bahia, Klaus Dieter, alertou que além das pessoas que entraram sem pagar, o clube considera que também teve prejuízo com torcedores que desistiram de assistir à partida porque caminhava para o final do primeiro tempo, chovia e nada de ingresso nos guichês.
Muita gente deve ter questionado se valia a pena assistir à metade do jogo. Klauss lembrou que já ocorreram outros problemas semelhantes no próprio estádio e em postos de venda antes do Ba-Vi realizado em abril.
Causa
Segundo o empresário, a impossibilidade momentânea de imprimir ingressos em Pituaçu deveu-se a um problema no servidor central da empresa, que fica em São Paulo.
Contou que o sistema opera online e é dotado dispositivo antifraude para proteger os clubes de evasão de renda. A questão não é só imprimir o bilhete. Há toda uma tecnologia por trás do que se chama simples impressão para evitar falsificação.
Calomeno disse que, por questão de segurança, os postos de venda recebem carga moderada de ingressos e que a logística de reposição pode não ter trabalhado com agilidade. Mas defendeu a empresa de novas falhas. Nós somos uma empresa credenciada pela Fifa. Atendemos ao Morumbi, Palestra Itália, Vila Belmiro, Engenhão. Foi a primeira vez que ocorreu esse tipo de problema conosco, disse.
A Outplan foi contratada pela Sudesb autarquia que administra Pituaçu em regime de urgência para não atrasar a entrega do estádio para o Bahia sediar seus jogos na Série B. O contrato será encerrado em 30 de junho.
O superintendente da Sudesb, Bobô, disse que o Bahia tem toda razão em pedir ressarcimento. A Outplan, sediada em São José (SC), tem que pagar pela falha.
Para Bobô, subestimaram a torcida do Bahia, mesmo em dia de muita chuva, mas ficou claro que a Outplan atua com transparência e confecciona ingressos na hora. Ele também criticou o tricolor por não vir informando estimativa de público tanto à Outplan quanto à Sudesb.
A próxima empresa que vai operar o sistema de ingressos em Pituaçu será conhecida por intermédio de licitação. O edital já está sendo preparado.
O Bahia também reclama que paga à empresa R$ 1,70 para cada ingresso impresso. No ano passado, com a BWA, em Camaçari e Feira de Santana, o custo era de R$ 0,70, conforme informou Klaus Dieter.
A Tarde
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