Palco maior das conquistas e feitos de uma nação conhecida como “tricolor”, templo máximo de iniciação desta quase religião que é torcer pelo Esporte Clube Bahia, o estádio Octávio Mangabeira, ou Fonte Nova, como se eternizou, pode virar uma mera lembrança na memória e corações dos seguidores do Esquadrão de Aço. Isso mesmo, a “Fonte Nossa” pode ser demolida. Ainda é uma hipótese, mas a possibilidade existe e é real. Menos mal que a causa é nobre – a Fonte deve dar espaço a uma praça muito mais moderna, que abrigará as partidas da Copa 2014 e, muito provavelmente, os jogos do Bahia. Abaixo, matéria de Nelson Barros Neto sobre o tema, publicada no site A Tarde On Line, nesta quinta-feira.
Como o próprio governo baiano já havia divulgado, o projeto de reconstrução da Fonte Nova vem sofrendo ajustes para a Copa do Mundo de 2014, o principal deles em relação à retirada da pista de atletismo do estádio. A exigência partiu da Federação Internacional de Futebol (Fifa), organizadora do evento, e foi apresentada em detalhes no I fórum Time de Arquitetos da Copa, que reuniu os projetistas das 12 cidades escolhidas, nesta quarta-feira, em São Paulo.
A ideia da Fifa é aproximar o público ao gramado, como já acontece na Europa, numa arena exclusiva de futebol. Sem a pista, as arquibancadas seriam ainda mais inclinadas, haveria a criação de um terceiro anel de arquibancadas. Diferentemente do projeto original, que previa o aproveitamento de cerca de 40% da estrutura construída do estádio, a nova ideia prevê a demolição inclusive do anel inferior da praça esportiva.
Arquiteto-responsável pelo projeto da Fonte Nova, o paulista Marc Duwe, da Setepla Tencnometal, admite que a demolição é mesmo a tendência, porém faz questão de dizer que o martelo ainda não foi batido. “Nunca falei que vai ser totalmente demolido. Depende do que a Fifa falará para a gente na semana que vem”, explicou, por telefone, referindo-se ao primeiro encontro oficial pós-definição das subsedes.
A reunião desta quarta foi promovida pelo Sindicato de Aquitetura e Engenharia (Sinaenco), em São Paulo, e não tem caráter oficial, ao contrário do seminário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que acontece no Rio de Janeiro e vai durar três dias, no início da próxima semana. Lá, a proposta de adequação da Fonte Nova voltará a ser discutida.
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