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Roberto não ficou no rival por “frescura”

Notícia
Historico
Publicada em 8 de junho de 2009 às 19:39 por Da Redação

Melhor jogador em campo na goleada de sábado sobre o ABC, o meia Roberto por pouco não colocou seu talento a serviço do maior rival do Bahia. Segundo ele, o que impediu a permanência em Canabrava foi o tratamento recebido no rubro-negro.

“Eu tive passagem por lá (Vitória), e eles ficaram com frescura. Disseram que não fiquei porque estava acima do peso”, desabafou, para depois dizer que, no Fazendão, as coisas foram diferentes. “Quando eu vim para o Bahia, cheguei acima do peso também, mas viram meu potencial”. Ainda bem!

As declarações estão no jornal Correio desta segunda-feira. E não ficou só nisso. Roberto ainda falou da emoção de marcar logo dois gols em sua estreia como titular do time, em Pituaçu.

“Não estou nem acreditando. Só fui dormir 4 horas da manhã”, disse a mais nova promessa tricolor, para depois confessar ao repórter Herbem Gramacho – “Eu nunca tinha feito um gol de cabeça, você acredita?”.

Roberto Heuchayer, apesar do sobrenome, é piauense de Picos, tem 18 anos e contrato com o Bahia até abril de 2012. Chegou a atuar de lateral no time júnior, mas a sua é mesmo a meia. Quem o lançou na equipe principal foi o técnico Ferdinando Teixeira, na última rodada da Série B do ano passado, contra o Gama. Este ano, estava esquecido, até a partida contra a Portuguesa, quando entrou bem no segundo tempo.

Arma-secreta

O meia foi o principal motivo para o técnico Gallo programar três treinos secretos na semana passada, já que nunca tinha atuado como titular. Foi a arma para surpreender o ex-comandante do Esquadrão, Arturzinho. A tática deu certo, apesar de desaprovada pela imprensa, incluindo o ecbahia.com.

A prática é comum, legítima e o treinador tem direito de adotá-la. Mas é preciso avisar aos repórteres antecipadamente que não terão acesso ao CT, ao invés de inventar desculpas esfarrapadas ou anunciar o horário errado da atividade. Mas Gallo mostrou que aprendeu a lição, já que, na sexta-feira, mandou avisar que a acesso dos cronistas ao Fazendão só seria permitida após certo horário. Menos mal.

Apesar das rusgas, valeu o resultado e, principalmente, o excelente futebol praticado pelo Tricolor, que merecia vencer até por mais e empolgou seu torcedor. Ver o Esquadrão envolvente e empolgante, aliás, é a razão única de nossas cobranças. Sábado, o Bahia jogou muito e Gallo, desta vez, mexeu corretamente no time. A torcida espera que o treinador continue acertando e que o Tricolor possa voltar a seu devido lugar, a Série A.

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