Há mais de dois meses a CBF vem dizendo não. O presidente Ricardo Teixeira alega variadas desculpas para não receber o dossiê sobre os campeões da Taça Brasil e do torneio Roberto Gomes Pedrosa. Os campeões foram declarados campeões nacionais na época pela CBD e pela imprensa nacional, tanto que tinham o direito de disputar a Libertadores represantando o País.
O chefe de gabinete da CBF, Ivan Souza, vem repetindo o não há mais de dois meses. Os presidentes de Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Fluminense, Botafogo e Bahia querem o reconhecimento dos títulos que conquistaram entre 1959 e 1970.
Diante das negativas da CBF, a comissão que organizou o dossiê está estudando uma ação radical: entrar na Justiça Comum pedindo uma ação declaratória à CBF. Para não comprometer os clubes, a ação pode ser pedida por pessoas físicas.
Os clubes querem exigir da entidade presidida por Teixeira que declare publicamente quem são os campeões brasileiros entre 1959 e 1970. A CBF ficará em uma situação sem saída.
A própria entidade divulga em seus documentos oficiais que é cinco vezes campeã mundial. Mas acontece que os três primeiros títulos foram conquistados quando a CBF ainda nem existia – quem comandava o futebol era a CBD.
O principal defensor da declaração dos campeões nacionais no período entre 1959 e 1970 é o próprio João Havelange, ex-genro de Ricardo Teixeira e ex-presidente da CBD.
Há muita pressão por parte dos outros clubes que esses títulos não sejam nunca reconhecidos oficialmente. No meio da batalha, a CBF tem optado por enrolar, deixar o tempo passar. Só que a entidade não esperava que a Justiça Comum possa entrar em cena para acabar com essa velha questão.
Blog Cosme Rímoli
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