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Patrocínio da Petrobras deve ser assinado em breve

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Historico
Publicada em 13 de fevereiro de 2010 às 17:46 por Da Redação

Tão logo esfriem as cinzas do Carnaval, e começarem as obras de desmanche dos camarotes construídos ao longo dos circuitos em Salvador, os dirigentes do Bahia, Vitória e Governo do Estado, através da Sudesb, se reunirão com a diretoria da Petrobras para assinarem um contrato inédito de parceria da multinacional com os dois principais clubes do futebol baiano.

O projeto, que vinha sendo desenvolvido nos últimos 18 meses, está oficialmente aprovado, inclusive pela matriz do Rio de Janeiro, e será de R$ 9,2 milhões no prazo inicial de três anos.

O contrato de parceria com a dupla Ba-Vi vem sendo estudado há mais de um ano pelo gerente regional de comunicação institucional da Petrobras no Nordeste, Darcles Andrade de Oliveira, e envolve o Governo do Estado, através da Sudesb, porque o Bahia não tem um estádio, a exemplo do Vitória, e a diretriz da multinacional é não mais investir diretamente no clube, trabalhar com patrocínio, como acontecia com o Flamengo, do Rio de Janeiro, até 2009. A Petrobras vai investir também em outros clubes brasileiros, mas apenas através de ações promocionais em estádios.

Contrapartida – “Teremos os Camarotes Petrobras, com mil cadeiras, para cada jogo de Bahia e Vitória, em Pituaçu e no Barradão, em todas as competições que disputarem ao longo dos próximos três anos. Esses ingressos serão distribuídos nos postos de gasolina, tipo, coloque 20 litros e ganhe seu convite”, explicou Darcles Oliveira ao radialista Antônio Vieira, na Rádio Sociedade da Bahia.

As ações promocionais da Petrobras no futebol baiano serão através de banners, placas, outdoors, publicidade em Pituaçu e no Barradão, que os clubes vão desenvolver através das diretrizes do contrato a ser assinado antes do final deste mês de fevereiro, na previsão da Gerência Regional, com projetos que têm o objetivo de estreitar ainda mais as relações da Petrobras com as comunidades influenciadas pelas operações da companhia.

O contrato com a Petrobras não vai “salvar a vida” do Bahia ou do Vitória, e muito menos revolucionar a estrutura administrativo-financeira dos dois clubes baianos. Mas os valores que serão liberados ao longo dos próximos três anos darão uma média de R$ 250 mil de apoio a cada clube, que para o tricolor, pelo menos este ano, será significativa, já que equivale a quase à metade da folha do Departamento de Futebol, que pelas dificuldades financeiras que o clube atravessa, chegou a ficar com quase três meses de atraso e está sofrendo para não deixar os débitos influenciarem o desempenho dos jogadores dentro de campo.

No contrato da Petrobras os R$ 9,2 milhões, sendo R$ 4,6 milhões para cada clube, serão pagos da seguinte forma: 60% no primeiro ano, equivalente a R$ 2,7 milhões, e 20% para o 2° e 3° ano, o que, segundo a previsão do Gerente Regional Darcles Oliveira, dará uma garantia de R$ 250 mil mensais para Bahia e Vitória.

“É um negócio, uma prestação de serviço, de merchandising entre a Petrobras e os clubes. Nossa expectativa é de um crescimento natural do futebol baiano, dando uma alavancada do tricolor rumo à 1ª Divisão em 2011, e ajudar o Vitória a se manter na elite do futebol brasileiro. O contrato já está aprovado, com alguns ajustes da matriz no Rio de Janeiro, e logo após o Carnaval deverá ser assinado”, concluiu Darcles.

Semp Toshiba – No início deste mês, o jornalista Darino Sena, responsável pelo marketing esportivo da Rede Bahia de Televisão, ex-assessor de imprensa do Bahia, revelou em seu blog no site IBahia, que a dupla Ba-Vi poderia anunciar a qualquer momento um contrato de patrocínio com a nipo-brasileira Semp Toshiba, fabricante de eletrônicos, especialmente televisores. O acordo teria a duração de um ano e pode render a cada clube R$ 80 mil mensais.

Trata-se de um excelente negócio para a dupla, levando-se em conta a realidade dos patrocínios no futebol baiano. Para se ter uma ideia, a principal propriedade de exposição dos nossos dois maiores clubes, a parte da frente de suas camisas oficiais, está rendendo R$ 100 mil, pagos pela construtora OAS. Ou seja, no acordo com a Semp, por um espaço cuja visibilidade é consideravelmente menor, a diferença é de apenas R$ 20 mil/mês a menos.

As cifras da Bahia, porém, ainda estão distantes das do mercado nacional. Para ilustrar, o Corinthians recebe da Batavo cerca de R$ 28 milhões/ano só pelo espaço principal de sua camisa, ou seja, 23 vezes mais do que tricolores e rubro-negros.

Insinuante – Bahia e Vitória conversam com a Insinuante para que a gigante baiana volte a estampar a marca em suas camisas, a exemplo de 2009. O problema é que a empresa quer o mesmo local onde esteve no ano passado – a frente dos uniformes, na região do peito. Só que o espaço agora é exclusivo da OAS. Os clubes oferecem outras opções, como o calção. O valor do patrocínio em 2009 foi de aproximadamente R$ 35 mil mensais.

Tribuna da Bahia (Adaptado)

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