De Daniela Leone, no jornal Correio* deste domingo:
“Depois de sete anos longe da elite do futebol brasileiro, o torcedor do Bahia sonha de olhos bem abertos com o retorno à Série A. Música ensaiada, ditando o ritmo na arquibancada.
Estádio lotado. Hora de exibir com orgulho aquela camisa tricolor que estava guardada na gaveta, certo? Nem tanto. O crescimento das vendas mostra que muita gente anda fugindo do cheiro de naftalina.
Empolgado com a campanha do time no Brasileiro, o torcedor tem ido às compras pra desfilar com um uniforme novinho em folha.
Segundo a Lotto, empresa que fornece o material para o clube, de janeiro a agosto deste ano houve um aumento de aproximadamente 25% na venda de camisas oficiais em relação ao mesmo período do ano passado.
LUCRO De acordo com o diretor financeiro do Bahia, Tiago Cintra, 12 mil camisas foram vendidas no mês de agosto, o que gerou R$ 180 mil para os cofres do clube. Foi o mês que mais vendeu desde que eu estou aqui, afirmou.
Não por coincidência, foi no mês passado que o Bahia voltou ao G-4, feito que só havia conseguido antes da Copa do Mundo.
Na última terça-feira, antes do jogo contra o Vila Nova-GO, quando o time liderava a competição, o faturamento de algumas lojas aumentou em 200%. Geralmente vendemos 30 camisas por dia e passamos a vender 90. Foi o dia mais movimentado do ano, diz o gerente da Viva Bahêa, Sidnei Ataíde.
O administrador Afonso Leite, 26anos,comprou duas e aumentou a coleção.Tem 11 no guarda-roupa. Gosto tanto do time que quero ter todas, não me incomodo de pagar.
Já a universitária Mariana Lima ficou decepcionada. Queria a 3 de Alison, gosto dele, mas não tem. Ao contrário de outros clubes de massa como Corinthians e Flamengo, o torcedor do Bahia não tem a opção de colocar no uniforme a numeração e onomedo jogador que desejar.
VACILO O boom nas vendas não é conseqüência de um planejamento do departamento de marketing do clube. Apesar do potencial de consumo da torcida e da boa fase dentro de campo, o Bahia não lançou nenhum projeto focado no acesso à Série A.
Tinha outras prioridades, o Bahia precisava de atitudes mais enérgicas. Não que isso não seja importante, mas depende muito da campanha que o time está fazendo. A gente aproveita o calor da emoção. A torcida já estava incrédula, porque o Bahia já está sete anos fora da Série A, disse o diretor de marketing, Sacha Mamede.
Mas ao longo dos últimos anos, a torcida vem dando demonstrações de fidelidade. Vale lembrar que o Bahia foi recordista de público na Série C.
Só agora, faltando dois meses para o fim do campeonato, o clube vai lançar camisa com a frase Vamos subir Esquadrão. Estamos na fase final de produção e lançaremos até a primeira semana de outubro”, garante Mamede.”>
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