De Daniel Dórea, no jornal A Tarde desta quinta-feira:
`Passada a grande euforia pós-triunfo contra o América-MG e o Carnaval no aeroporto, o goleiro Fernando finalmente conseguiu umas horinhas de sono em sua casa, na praia de Buraquinho. Só acordou às 4 da tarde para atender a reportagem. Estou todo quebrado, rapaz, queixava-se.
Não poderia ser diferente. Com a pressão sofrida pelo Bahia em Minas, ele foi um dos que mais trabalhou. Pulou, caiu, esbravejou, fez cera e foi seguro nas defesas quando exigido.
Trabalhou tanto que acabou levando o terceiro cartão amarelo e não joga sábado, contra a Portuguesa. Fiquei chateado, pois tem tudo para ser o jogo do acesso, mas vou ser mais um torcedor, junto com outros milhões. Alguns na arquibancada e outros no rádio ou na TV, discursou.
Na ausência do titular, quem veste a camisa1 é Omar. E apoio não vai faltar. Fernando e sua esposa, Natália, já construíram amizade com o jovem goleiro, tanto que serão padrinhos do casamento dele, dia 29.
No meio da entrevista, os companheiros se falaram por telefone e deu para ver que há entrosamento. Fernando é como um pai pra mim, largou Omar. O colega retrucou: Tá me chamando de velho?. Mas o garoto foi ligeiro na tréplica: Ô… com essa careca.
Brincadeiras à parte, Fernando mostra-se emocionado com a fase que vive no clube. E exalta a incrível paixão da torcida tricolor. Nunca vi algo parecido. É como uma religião, um fanatismo muito grande. Isso só me faz criar amor pelo Bahia.
Após um ano e meio como reserva, ele acredita que, enfim, encontrou um lugar no coração da galera. Fico um pouco receoso pra falar isso, mas acho que estou conseguindo. Quero me tornar um ídolo.
Por isso, ele espera ficar para disputar, pelo Esquadrão, a Série A 2011. Gostei demais daqui. Minha família adaptou-se bem e estou esperando. A diretoria ainda não me procurou para renovar, revelou. Seu contrato termina no final do ano.
Se o mineiro Fernando já é quase baiano, dos filhos nem se fala. A pequena Clara, de 3 anos, fala oxe, e Mateus, 6, virou tricolor doente. Melhor do que o calor da torcida só o abraço dos meninos na escola depois de uma semana viajando.
Substituto, Omar admite que a responsabilidade é grande
As belas atuações de Fernando nos últimos jogos só aumentam a obrigação de Omar ir bem no jogo de sábado. O garoto de 21 anos sabe que não será fácil. É uma responsabilidade muito grande, mas sei que tenho capacidade para dar sequência ao trabalho, afirma.
E, para comprovar sua competência, ele lembra de dois jogos com casa cheia que fez e não decepcionou. Foi titular no empate diante da Ponte Preta, por 1 a 1 (25.219 pagantes), e no triunfo, por 2 a 0, sobre o Sport (lotação máxima: 32.157).
Omar ressalta o apoio que recebe dos mais chegados. Gosto muito de conversar com Fernando. Ele me dá conselhos, passa experiência. Renê e Ricardo Palmeira (preparador de goleiros) também me ajudam demais, valoriza.´
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