Presidente, e as eleições diretas?

Confira abaixo reportagem de Erick Issa (colaborador do ecbahia.com) para a Tribuna da Bahia.

A principal reivindicação da torcida tricolor nos últimos anos, as eleições diretas ainda permanecem como um sonho distante. Marcelo Guimarães Filho justifica a não aprovação do estatuto graças a “uma ação na Justiça de um grupo de torcedores”.

Em entrevista exclusiva à Tribuna da Bahia, o presidente tricolor afirmou que pretende encerrar o mandato com o estatuto aprovado, mas não acredita em tempo hábil para realização das diretas já no próximo ano.

O Bahia tem um cadastro antigo com cerca de 10 mil sócios patrimoniais. Marcelo Filho explica que o número de sócios ativos costuma variar, conforme a fase do time dentro de campo. “Quando o Bahia está vivendo um bom momento, esse número cresce para algo entre 700 e 800. Se o Bahia está em um momento ruim, ele cai um pouco. Mas é uma média de 500 patrimoniais”.

O sócio patrimonial, assim como o Torcedor Oficial, é um projeto baseado no modelo do Internacional de Porto Alegre, clube que conta com mais de 100 mil associados. “É praticamente o mesmo (projeto), sendo que no Internacional existem regras mais exigentes. Não concordo com uma eleição direta sem regras. Em nenhum clube do Brasil é assim. Essas regras que nós estamos propondo são absolutamente normais e confortáveis para o associado tricolor”.

De acordo com o presidente, “o torcedor que se associar vai poder votar para o conselho. Será uma eleição proporcional, onde não haverá vencidos nem vencedores.

Se algum associado, por exemplo, tiver 10% dos votos na sua chapa, ele vai ter 10% das vagas do conselho. Portanto qualquer um pode entrar para o conselho e, entrando para o conselho, qualquer um pode ser candidato à presidência do clube”.

Presidente prefere jogar na Fonte Nova – “A casa do Bahia é a Fonte Nova. Há uma identificação muito grande com o clube. A torcida muitas vezes me aborda pedindo isso. É a casa, é uma outra química que a torcida tem”.

Essas foram as palavras usadas pelo presidente Marcelo Guimarães Filho para definir suas pretensões quanto ao futuro local de jogos do tricolor baiano, já que, no início de 2013, o novo equipamento estará à disposição do torcedor. Mas e Pituaçu? Essa pergunta somente o tempo irá responder. Os entendimentos com o Consórcio Fonte Nova Negócios e Participações deixam clara a intenção da diretoria em voltar a utilizar a velha casa.

E a Arena Salvador? No dia 23 de novembro de 2009, Bahia, Vitória, o cantor Durval Lélis e a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, assinaram um acordo com a empresa portuguesa Luso Arenas para a construção de um estádio no município. Pois o presidente tricolor fez questão de esclarecer o assunto. “Essa questão Arena Salvador não existe mais. Inclusive o Bahia comunicou o destrato ao grupo responsável pelo projeto. É um assunto que está morto”.

O mandatário do Esquadrão de Aço conta que apesar da expectativa do torcedor, não há garantia que o Bahia volte a jogar na Fonte Nova. “Nós ainda não iniciamos esta negociação. Quando digo que o Bahia vai jogar no estádio, é pelo desejo que temos. Assinamos um memorando, mas acredito que, pelo relacionamento que nós temos com o consórcio que venceu a licitação, não tenhamos problemas. Mas a negociação efetiva ainda não foi iniciada”.

Pituaçu – Após passar o ano de 2008 perambulando pelo interior baiano, o tricolor “recebeu de presente” um moderno Estádio de Pituaçu. Sobre a atual casa, refúgio tricolor desde 2009, o presidente não deu pistas se pretende utilizar em jogos ou competições de menor porte. Quando questionado sobre o “PituAço”, Marcelo Filho resumiu com a frase “o Bahia agradece Pituaçu ao governo, mas nós vamos jogar na Fonte Nova”.

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