“Rival” na infância, atacante agora quer brocá-lo

De Angelo Paz, no jornal Correio* desta sexta-feira:

“No restaurante Kimukeka, em Caboto, distrito de Candeias, o menino e garçom Robert cresceu Vitória, como o pai Totó, dono do comércio. Mas a longa caminhada como profissional da bola fez o soteropolitano esquecer o time do coração. Inclusive magoá-lo, como é a intenção do atacante domingo, no Ba-Vi das 16h, em Pituaçu.

Jogador do Bahia desde ontem à tarde, Robert espera jogar o clássico de sua terra pela primeira vez, sete dias antes de completar 30 anos. Pra isso, a única coisa que resta é aguardar. Para jogar, a CBF e a confederação mexicana precisam agilizar os papéis.

Como estava no Monterrey, do México, a regularização de Robert pra domingo depende do envio de um documento por parte da entidade mexicana para a brasileira. O prazo expira hoje às 18h, horário limite de funcionamento da Confederação Brasileira.

Paciência

Um funcionário do departamento de registro do Bahia chegou a levar o contrato para Robert assinar durante o treino de ontem, no Fazendão. A caneta falhou e ele teve que deixar o treino pra dar um pulo na diretoria. Só depois, já de banho tomado, houve a apresentação oficial.

“Você viu a correria do meu amigo ali? Então, quero muito jogar domingo”, descontraiu, ao falar da agilidade do clube para tentar regularizá-lo. Mas para jogar no futebol baiano, foi preciso muita paciência.

Reprovado nos testes na dupla Ba-Vi, Robert começou no Coritiba em 1999 e, dois anos depois, partiu para um longo período fora do futebol brasileiro. PSV da Holanda e Real Bétis, da Espanha, são a marca da carreira de dez clubes espalhados por Europa, Japão e México.

Nos últimos dois anos, jogou por Palmeiras e Cruzeiro. “Minha família me viu pouco jogar. Por isso, voltei”. Agora é mostrar todo o futebol.”

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