Após o empate com o Atlético-MG em Pituaçu, pela quarta rodada, na semana antes dos triunfos sobre Fluminense e Atlético-PR, o técnico René Simões fez um apelo à Nação Tricolor. “Quero olhar no seu olho, torcedor, do alto da minha experiência de 33 anos de futebol, colocar meu nome em jogo e garantir que essa equipe vai virar e te dar muitas alegrias. Confio muito nisso”.
Agora, na véspera da partida contra o Corinthians, em meio a um verdadeiro “tsunami” –como definiu os 11 desfalques para a partida no início da entrevista coletiva desta terça à noite–, o treinador voltou a aproveitar uma das perguntas da imprensa para se dirigir às arquibancadas.
“Queria pedir à torcida do Bahia amanhã: que jogue, mas jogue muito com esse time. O time vai precisar muito da torcida… Se ele estivesse completinho, repetindo o terceiro jogo, ia ser lindo, e a torcida ia jogar junto… Mas, olha, não vá assistir ao jogo, não vá se divertir, não. Vá trabalhar. A torcida tem que trabalhar amanhã o tempo todo. Nós precisamos desse trabalho. Tem que jogar junto. Amanhã é o dia de jogar junto. E dizer assim: vem comigo, vem que eu te levo”.
Questionado se estava fazendo mistério ao não divulgar os titulares, René respondeu: “Não tô fazendo mistério, não. Eu gostaria de dizer que seria o terceiro jogo seguido do time, mas, diante desse tsunami aí, tem que pensar bastante. Conversei bastante com os jogadores e vou conversar com a comissão. A gente não pode é fugir do nosso padrão, com marcação alta, transição rápida, quebrando linhas. Isso a gente não pode perder. O resto vamos compor”.
E completou: “Se você botar no papel, o Corinthians joga muito parecido com o jeito em que o Atlético-PR iniciou o segundo tempo e terminou o jogo. Aí, você pode ter uma pista e entender”.
Sobre se Ricardinho pode substituir Carlos Alberto, já que o comandante havia expressado a diferença entre ambos, afirmou: “Mesmas características do Carlos Alberto não tem aqui no Bahia e não tem em muitos clubes do Brasil. É um jogador diferenciado, isso eu posso garantir. Com Ricardinho, pode manter (o sistema). Agora, vamos ter que ajustar algumas coisas, porque a bola do Ricardinho é rapida e ele, não. Então, fazer uma montagem nisso aí”.
René não concorda que a ausência de Ávine, até por também não poder contar com o reserva, o corintiano Dodô, será a mais sentida. “O Carlos Alberto transformou esse time. A força que ele passa, a cobrança de profissionalismo que exige a todo mundo. O time vinha se equilibrando. Foram vários que saíram. O Jobson preocupa muito o adversário lá na frente. O Ávine puxa os contra-ataques. O Titi se encaixou muito bem com o Paulo (Miranda). É todo mundo”.
O técnico ainda elogiou bastante o alvinegro paulista, porém preferiu ver como pode se aproveitar disso. “Só três times jogam como o Corinthians joga. O Santos e o Coritiba (três atacantes). São difíceis de ser marcados. Então, o primeiro problema será encaixar a marcação. Depois, jogar, e isso é uma coisa boa. Eles deixam jogar. Dão espaço para jogar”.
Outro assunto abordado foi a presença do meia colombiano Tressor Moreno, cuja saída chegou a ser confirmada há um mês pelo presidente, na relação de concentrados.
“Como eu já disse antes, vou respeitar os profissionais sempre. Enquanto ele estiver vinculado com o clube, estiver aqui, é um profissional e, nesse momento, a gente entende que talvez tenha até espaço ali. É um jogador que tem melhorado muito. Tecnicamente, é muito bom. Se conseguir imprimir o ritmo que a gente quer, é um jogador útil”, finalizou.
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