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René cria tese sobre jejum e comenta peças do Coxa

Notícia
Historico
Publicada em 19 de julho de 2011 às 18:57 por Da Redação

“Essa é a hora da virada”. A afirmação foi do técnico René Simões durante entrevista coletiva após o treino desta terça-feira, de olho no jogo de domingo, contra o Coritiba, no estádio de Pituaçu. Confira todos os pontos abordados no papo de 12 minutos do comandante tricolor:

JEJUM EM CASA
“O momento vai acontecer… daqui a pouco, tem a virada. Mas essa é a hora da virada, né, é a hora da virada. Ganhar é um imperativo (termo usado pela repórter), e não é só pela (proximidade com a) zona de rebaixamento, não, mas é para os sonhos grandes que a gente tem. Tem que ganhar em casa, até porque nós temos uma torcida que não joga pressão na gente. Alguns treinadores chegam e dizem logo… Eu poderia dizer que jogar aqui tá difícil. Ao contrário, a torcida do Bahia só joga com a equipe. Até agora, não teve pressão, com vaias, e tal”.

MOTIVO
“O que acho que está acontecendo é que esse sentimento de gratidão pela torcida tá tão grande nos jogadores, eles falam tanto isso, o tempo todo, né, `temos que ganhar pra nossa torcida, temos que ganhar pra nossa torcida`, que acho que começa a colocar responsabilidade acima do que deveria existir, e os jogadores começam a ficar um pouco intranquilos, querendo dar esse prêmio pra torcida. Tem que acalmar, jogar o jogo, ganhar o jogo e pronto. Tenho muita confiança que vai ser no domingo”.

CARLOS ALBERTO E RICARDINHO JUNTOS
“Eu acho que a equipe vem jogando muito bem, então a gente não pode tirar isso… As mexidas que têm acontecido têm sempre jogado o time pra cima, né… Então, tem que ter muito cuidado nesse momento. Você não pode desequilibrar os jogadores, porque, quando você começa a mexer muito, você pode passar alguma insegurança, um desequilíbrio pros jogadores, e eles fiquem pensando assim: `tudo que fizemos até agora tava errado?` Não é errado, mas realmente em alguns detalhes em que estavam errando, podemos ser mais competentes, conscientes, comprometidos com o detalhe. O detalhe é o que faz a diferença no alto nivel… Mas isso é uma possibilidade, também, é uma possibilidade. Os dois jogadores foram contratados. Agora, você tem que fazer um ajuste para que você não desequilibre muito a equipe”.

COXA MAPEADO
“Você pega o Marcos Aurélio, é o jogador do Coritiba que mais finaliza. Depois dele, vem o Bill. Se você pegar o número de passes, o que dá mais passes é o lateral esquerdo, o Eltinho, que que joga por dentro. Então, provavelmente, se você fizer a conexão entre os dois, pois jogam quase no mesmo setor, você vai tentar anular isso. Você pega esses dados e vai juntando, vai montando a tática do time deles, e aí tem a contra-tática, de como você vai jogar o time, etc. Quem vai marcar o Marcos Aurelio tem que ser alguém que marque muito bem, porque ele não é um ponta esquerda, ele joga por ali vindo para dentro, e as finalizações dele são sempre da esquerda pra direita, aí puxa com a direita e bate muito bem. Foi meu jogador, eu conheço”.

MAIS…
“Depois, você tem o Léo Gago (volante), jogador que tem um alto número de finalizações, sempre de fora da área, então temos que ter muito cuidado com a vinda desse jogador batendo ali. Há também um alto número de bolas paradas, com o Emerson e o Pereira (zagueiros), então temos que subir a altura do nosso time. Isso tudo não vai fazer você ganhar ou perder, mas faz você sair… Como no caso do Avaí, né. Nós tomamos um gol, pô, que eles já tinham feito igual contra o Grêmio. A bola do segundo gol, que brigo tanto com eles, não podia ter acontecido, era uma bola marcada, todo mundo sabia que o jogador apareceria ali. Lá dentro, às vezes algumas coisas acontecem em frações de segundos”.

ATAQUE MELHOR QUE A DEFESA?
“Não, porque aí você tem que pegar o número de finalizações. O Bahia é um time que finaliza muito. Se pegar as certas e erradas, vai ver uma desproporção. O número de chances que estamos tendo é muito grande, mas nossa pontaria não está boa. A situação passa por aí. Chegou lá, tem que matar, porque futebol de alto nível é isso. Você errou, você paga o preço. Você tem que fazer os outros pagarem o preço”.

GOLS DO CRUZEIRO
“O primeiro foi um erro que não pode. A gente treina muito isso ali, no nosso rebote defensivo. Tínhamos que ter um jogador ali, e estamos conseguindo ganhar sempre esse rebote, tanto que tem originado até gols, puxados em contra-ataques fortes. Mas nessa bobeamos. Depois, uma marcação individual feita no Montillo, a única bola que ele conseguiu pegar sozinho, a única bola… Não foi por demorarmos pra entender a substitução deles, como o Joel (Santana, técnico cruzeirense) sugeriu, até porque essa substituição já vinha sempre ocorrendo, a entrada do Roger. Já sabíamos disso”.

DESFALQUE NA LATERAL
“Primeiro, a gente tem que marcar posição. Primeiro, não consigo entender por que o cartão amarelo tira o jogador de outra partida. Vamos buscar isso em 1970, quando foi originado o cartão. Na época, nem todos os árbitros falavam a língua da equipe que estava jogando. Agora, os cartões são usados pra tirar jogador… Não concordo. Some-se a isso o fato de que está muito fácil para os árbitros penalizar os jogadores do Bahia. No jogo do Cruzeiro, o Leandro Guerreiro não é um jogador desleal, mas o número de faltas que ele fez foi excessivo. O Jobson levou cartão por já estar quase revoltado, chega a hora que ele perde a cabeça. Mandei fazer um levantamento dos erros contra nós… É desagradável ter que ficar mexendo o tempo todo. É um grande prejuízo você não poder contar com o jogador que considera o melhor da posição”.

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