Absolvido nesta quinta-feira pela CAS (Corte Arbitral do Esporte), que decidiu aplicar apenas uma advertência no nadador após ele ter sido pego no exame antidoping por uso do diurético furosemida, Cesar Cielo teve uma pena bem diferente em relação a outros atletas brasileiros que também foram flagrados com a mesma substância, como o o goleiro Renê.
Em outubro do ano passado, quando atuava pelo Bahia, Renê recebeu um ano de afastamento do futebol em julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O jogador teve teste positivo depois de um jogo contra a Portuguesa, em 28 de agosto, em São Paulo, pela Série B.
Por 3 votos a 1, os auditores da Segunda Comissão Disciplinar do órgão entenderam que Renê infringiu o artigo 2.1 do Código Mundial Antidoping. Na ocasião, ele admitiu o uso do remédio Lasix, para controle de pressão alta, recomendado pela mulher –que contém furosemida–, droga que pode esconder a presença de outras substâncias em avaliações do tipo.
Pelo Twitter, o goleiro já desabafou.
“Eu estou arrasado com o que fizeram comigo!!! Só porque eu não sou medalhista olímpico? Não dou retorno? Não torci contra, só torci pela igualdade!!!”, iniciou o jogador, hoje sem clube.
“Tenho 33 anos e 3 filhos, que valem muito mais que uma medalha olimpica, nem sei o que dizer. Eu fiquei sofrendo calado esse tempo todo, não é justo o que fizeram comigo… De Rose [Eduardo], você se preocupou comigo?”, continuou, referindo-se ao diretor antidoping da CBDA, um dos responsáveis pela advertência ao nadador, no Brasil, antes do julgamento na China.
Em seguida, completou: “Estou há mais de 300 dias sem receber [salário], sem poder trabalhar, e você está preocupado com os 20 dias [psicologicamente abalados] do Cielo? Sou atleta, não sou nenhum marginal. Só eu sei o que passei esse período tod. Sempre aceitei por ser profissional, mas agora não aceito. Tô envergonhado. P… não paro de chorar. É muita diferença no mesmo país. Quanta coisa que penso nesse momento”.
E concluiu, antes de anunciar que sairia do microblog para esfriar a cabeça: “Cielo, quero deixar bem claro que não torci para você ser punido, eu quero igualdade, não só comigo, mas com todos. Eu carrego no peito uma tatuagem com a frase do hino nacional `verás que um filho teu não foge à luta. Se pudesse apagava´”.
JOBSON
Agora, fica a expectativa da Nação Tricolor em torno do resultado do julgamento do atacante Jobson, realizado no último dia 21 de junho, também na CAS. Apesar de serem casos completamente distintos, será que o tribunal terá compreensão ao menos parecida?
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