E acabou a tentativa de “renascimento” de Jobson no Bahia. Embora ele seja o artilheiro do time no Brasileirão, com seis gols, a diretoria do clube decidiu devolver o jogador ao Botafogo, com o qual possui contrato até 2015. A reunião aconteceu na tarde desta segunda-feira, no Fazendão.
A informação de bastidor é que o técnico René Simões não conseguiu convencer o presidente Marcelo Guimarães Filho e o gestor de futebol Paulo Angioni do contrário. Confira nota a oficial:
“O Esporte Clube Bahia comunica, através do seu departamento de futebol profissional, que o atleta Jobson será desligado do elenco principal desta agremiação, em virtude de uma série de falhas no cumprimento de regras e horários na rotina de treinamentos, concentrações, viagens e jogos, o que vinha causando constragimentos a todo corpo de trabalho do clube”.
No próximo dia 5, o atacante de 23 anos terá o resultado de seu julgamento na Corte Arbitral do Esporte revelado por uso de cocaína em duas partidas no final do Brasileiro de 2009.
A última indisciplina resultou no corte do jogo deste domingo, contra o Santos. Ele deveria aparecer no regime de concentração às 22 horas de sexta, porém só teria surgido na manhã de sábado, e alcoolizado. Em campo, para completar, terminou substituído a contento por Jones.
Ao comentar o assunto na tarde de sábado, René chegou a declarar: “Assumimos o risco, estávamos controlando, mas hoje chegou a um nível que não dava mais. Não estou punindo o clube e, sim, tentando preservá-lo”, disse, fazendo questão de frisar não se tratar de um novo caso de Jobson com as drogas –para o camisa 11 não ser flagrado no exame antidoping.
Como o jogador já participou de mais de sete rodadas do torneio (na verdade, do dobro), não poderá defender outra equipe da Série A. Ele havia viajado para São Paulo, de onde desembarcaria para se reapresentar no CT, nesta terça, junto com o restante do elenco.
O grupo, aliás, pesou na decisão da diretoria, já que lideranças como Carlos Alberto, Ricardinho e Fahel teriam externado diversas vezes o descontentamento de todos com determinados “privilégios” de Jobson. Nas últimas semanas, ele também havia faltado a um treino e chegado atrasado a dois, enquanto a assessoria de imprensa sempre tentava “acobertar” a situação.
Em meio a tudo isso, a torcida tricolor não cansou de dar demonstrações de carinho ao atleta, inclusive com campanhas nas redes sociais para tentar convencer o tribunal suíço a não bani-lo do futebol (assista abaixo). Jobson já registrava saídas tumultuadas de Bota e Atlético-MG.
O Esquadrão agora ficou com sete atacantes no plantel: Gabriel, João Neto, Jones, Júnior, Rafael, Reinaldo e Souza. Não estão descartadas novas contratações para preencher o setor.
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