O assunto anda tão chato e patético que vale dar um basta. De uma vez por todas.
Meia dúzia de torcedores começaram a comentar, parte da imprensa baiana inventou de chamar de “campanha” e a mídia nacional agora não para de repercutir… Mas, parafraseando o saudoso Gonzagão –aproveitando o nosso próximo adversário–, no Tricolor não tem disso, não.
E não tem disso, mesmo.
Se o Rei do Baião fosse citar o arquirrival, até poderia falar em “entregada”. Foram eles que chegaram ao ponto de transferir uma partida de Salvador para o Espírito Santo, pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 1996, só para ver se o Bahia seria rebaixado. Mas faltou combinar com o Esquadrão de Aço. De nada adiantou perderem para o Fluminense, concorrente tricolor na luta contra a degola. O Bahia despachou o Flamengo no Rio e escapou.
É verdade que tudo “começou” ainda no sábado por culpa da própria diretoria azul, vermelha e branca, neófita, que perdeu a mão ao brincar. A tal nota polêmica em que o Bahia diz que iria torcer pela permanência do Ceará, “por um Nordeste mais forte”, foi apenas para alfinetar o vice do acesso, morto na praia na Segundona, atrás dos pernambucanos Náutico e Sport.
Para não ficar tão “na cara” e manter o discurso político, exageraram ao também citar o Ceará, parecendo já contar com triunfo alvinegro sobre o Cruzeiro, em pleno estádio Presidente Vargas, um dia depois. Só empataram. E agora precisam desesperadamente vencer em Pituaçu.
Porém, com todo respeito ao Vovô, o Bahia vai jogar pra ganhar. Mais: tem OBRIGAÇÃO de ganhar. Caso contrário, elenco do técnico Joel Santana e do presidente Marcelo Guimarães Filho, imaginem o que não será falado… Não apenas na segunda-feira… Para sempre.
O Esquadrão viraria motivo de chacota e revolta. Nunca mais seria respeitado. A cada nova situação, a mancha seria lembrada. Inclusive vocês, jogadores que vão entrar em campo.
Isso tudo, independentemente de classificação à Copa Sul-Americana, realmente ótimo consolo para um clube que não disputa nenhuma competição continental desde a Libertadores de 1989. Que rende bons prêmios e vaga à Libertadores. E que seria ao menos algo positivo numa temporada em que continuou com o jejum desde 2001 sem conqusitar o Estadual. Que se despediu da Copa do Brasil levando goleada de 5 a 0 do Atlético-PR, atual antepenúltimo do Brasileirão. E que passou a maior parte da Série A se limitando a lutar para não cair.
Isso tudo, em meio a mais uma belíssima manifestação de amor da Nação, a Torcida de Ouro do país, conforme título concedido há um ano pela CBF. Que voltará a encher o estádio no domingo. E que, assim, vai ultrapassar o São Paulo e voltará à liderança do ranking de média de público do Nacional-2011, só abaixo do Corinthians, provável campeão e que atua numa arena maior …Mesmo com a fraca campanha tricolor. Isso é paixão.
(hoje, temos 22.218 de média, contra 22.403 do concorrente do Morumbi)
Também vale deixar claro: em 2003, não foi o Cruzeiro quem rebaixou o Bahia –além de sua própria combalida gestão. Ainda que o placar fosse o inverso, com 7 a 0 para o Esquadrão na Fonte Nova, a equipe cairia, pois chegaria aos mesmos 49 pontos do Paysandu, primeiro fora da zona de descenso, mas com dois triunfos a menos na tabela de classificação.
E, para os que fazem oba-oba em torno de uma possível queda cruzeirense, até para supostamente dificultar a vida do rival na próxima Série B e facilitar a do Tricolor na elite de 2012, a Raposa não depende só do Bahia em caso de derrota para o Galo. O Atlético-PR pode vencer o Coritiba, dentro de sua Arena da Baixada, salvar-se e simultaneamente enterrar os mineiros.
Para finalizar, resultado final da enquete do ecbahia.com mostrou que a maioria da torcida é contra “entregar”. Após mais de 10 mil votos em tempo recorde, 55% não aceitam a atitude.
OBS.1: E se fosse o oposto? O Ceará, no PV lotado, com o Bahia precisando… Iriam facilitar?
OBS.2: O lateral direito Marcos, emprestado no Fazendão, pertence ao Cruzeiro… Vocês contam com a gente (anti-degola)? Também contamos com vocês (rumo à Sul-Americana).
OBS.3: Demitido em setembro da Raposa, Joel já avisou: “Fiz grandes amizades lá”.
OBS.4: No Baianão de 2008, o Vitória da Conquista seria campeão, e não o soteropolitano, se tivéssemos aberto as pernas (como o meia Roger parece ser expert). Honramos o manto.
OBS.5: Nunca houve qualquer relação de parceria do Bahia com clubes do Nordeste, e sim rivalidade sadia, sobretudo envolvendo Pernambuco e Ceará. Alguém já ouviu falar de o Palmeiras querer ajudar o Botafogo ou o Grêmio dar uma mãozinha ao Avaí, por exemplo, somente por serem da mesma região? Pelo contrário, né? Pois a lógica é a mesma aqui.
Sem mais.
BBMP!
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