Candidato único, o presidente Marcelo Guimarães Filho, 35, teve sua reeleição referendada após apuração dos votos do conturbado pleito para o próximo triênio do Bahia. Ele obteve 216 dos 216 votos dos conselheiros tricolores. Seus seis anos de poder (2008-2014), somados aos oito do pai (1997-2005) –antecessor de Petrônio Barradas, responsável por entregar o bastão a MGF—, farão a família completar 14 temporadas à frente do maior clube do Norte/Nordeste do país.
A eleição começou às 10 horas desta terça-feira e acabou às 17 horas desta quarta. No meio do período, porém, uma liminar suspendeu o evento. Depois, na madrugada, terminou cassada pela diretoria. Como pano de fundo, denúncias de irregularidades no Conselho Deliberativo, destituição da cúpula, entrada de interventor e acusações de conduta ilegal do desembargador que derrubou a ação dos oposicionistas. O imbróglio judicial, inclusive, promete continuar.
Sob o slogan “O Futuro Já Começou” (trecho de tradicional música de fim de ano da Rede Globo), o cartola lançou sua chapa, na semana passada, destacando a “modernização e o profissionalização” implantado em diversos setores do clube, como as contratações do gestor de futebol Paulo Angioni, de “jogadores de nome como Morais, Ricardinho e Carlos Alberto” e do técnico Joel Santana, além de apresentar “avanços institucionais” no Esquadrão.
MGF afirmou que as metas dentro de campo para a nova gestão são “tricampeonato baiano, chegar à final da Copa do Brasil e classificar o time para a Libertadores da América”.
Ele também ressaltou as melhorias feitas no Fazendão desde 2009, como a criação da academia e a reforma dos campos, e a construção do novo Centro de Treinamento, nos arredores de Camaçari, que será “o maior da América Latina”, segundo disse.
No período, o Bahia passou dois anos na Série B e um na A, não foi além das oitavas de final da Copa do Brasil e somou dois vices e um terceiro lugar no Estadual, que não vence desde 2001.
A promessa de eleições diretas, para sócios, não foi cumprida. Formado em direito na Ufba e ex-vereador e deputado federal, Guimarães Filho alega que um processo da oposição impediu isso.
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