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Após Bell, Claudia Leitte exalta clube em especial

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Historico
Publicada em 20 de dezembro de 2011 às 22:39 por Da Redação

Depois de ter convidados de outros times, o destaque da vez na seção “Meu Jogo Inesquecível” do Globoesporte.com voltou a ser um famoso torcedor azul, vermelho e branco. Em novembro, havia sido o cantor Bell Marques. Confira o texto de Eric Luis Carvalho com Claudia Leitte:

Foto: Eric Luis Carvalho/Globoesporte.com

“O dia 13 de novembro de 2010 tornou-se histórico para o torcedor do Bahia: o dia em que o Tricolor voltou. Após sete anos longe da elite do futebol brasileiro, o Bahia retornou à Série A, depois de passar, até mesmo, pelo purgatório da Série C. Foi um dia para extravasar a alegria. Em Pituaçu, mais de 30 mil pessoas comemoravam. Outros milhões pelas ruas de Salvador. Em casa, na companhia da família, uma ilustre torcedora, com muita experiência no verbo extravasar, também festejou. A partida entre Bahia e Portuguesa marcou a cantora tricolor Claudia Leitte.

Fã declarada do Esquadrão baiano, a musa do axé transformou-se na musa da nação tricolor. E, no maior momento do clube nos últimos anos, Claudinha não ficou de fora. Além da emoção de acompanhar a partida, a cantora lembra que subiu ao palco poucas horas depois para um show e não deixou o momento do time do coração passar em branco.

– Aquele Bahia e Portuguesa para mim foi inesquecível. Eu assisti em casa com o Márcio, meu marido, e o Davi (filho). O Márcio gritava: “Vai, Jael!”. E o Davi subia no sofá e gritava “Bahêa”. Foi massa demais. Além de ter sido o jogo do acesso, eu fui cantar depois em Sauípe. Eu me vesti de Mulher Maravilha, foi massa demais. Uma emoção danada. Foi lindo – relembrou a cantora.

Foto: Fred Pontes/Divulgação

Show de “Michael Jackson”

O jogo que marcou Claudia Leitte levou uma multidão ao estádio de Pituaçu. Bahia e Portuguesa fizeram o embate pelo qual a torcida do Bahia esperou durante sete anos. Com a bola rolando, o show ficou por conta de um atacante com nome de artista. Adriano “Michael Jackson” comandou a festa e marcou duas vezes. O atacante ainda sofreu um pênalti, que foi desperdiçado por Jael.

No segundo tempo, o capitão Nen marcou nos acréscimos o gol que deu números finais à partida e selou o acesso do Bahia à Série A, após um hiato de sete anos. A emoção tomou conta da cidade, e a torcida do Bahia, eleita naquela temporada como Torcida de Ouro pela CBF, fez a festa ao som da música que embalou a subida tricolor: “Xalaialaia, vamos subir, Esquadrão.

Futebol de botão estimula paixão

Filha de um tricolor do Rio de Janeiro, Claudia Leitte não era muito ligada a futebol, mas, ainda criança, viu nascer uma paixão pelo Bahia, a partir da torcida do irmão pelo maior rival, o Vitória. A influência de uma amiga tricolor também ajudou.

– Minha relação com o Bahia é massa. Eu sou uma mulher que não entende muita coisa de futebol, mas gosto muito. Assisto a todos os jogos. Eu virei Bahia influenciada por uma amiga que torcia pelo time. Eu comecei a gostar, mas ainda não era “aquela coisa”. Mas fiquei apaixonada quando comecei a jogar futebol de botão com meu irmão. Ele era Vitória e sempre me fazia jogar com o Bahia. Aí comecei a ficar apaixonada. Além disso, meu pai levava a gente para o estádio. E meu pai é torcedor do Fluminense. Aí, ele ficava no meio, eu de um lado e meu irmão do outro – contou a cantora.

No palco ou em cima do trio elétrico, Claudia Leitte faz questão de sempre lembrar o amor pelo Esquadrão de Aço. Antes de ser uma das principais puxadoras de trio do carnaval baiano, Claudinha era apenas uma foliã. E, nas ruas da Avenida Sete de Setembro, circuito mais tradicional da festa, a cantora acompanhou por muitos anos um ritual ligado ao futebol no meio da folia.

– No carnaval, eu lembro muito da relação que tinha entre o Bell (Marques, vocalista do Chiclete com Banana) e Ricardo Chaves. Aquela coisa de, no meio da avenida, em cima do trio, o Bell deixar a camisa do Bahia amarrada em um fio, e o Ricardo vir depois, pegar e cantar o hino do Bahia, era algo sempre maravilhoso – disse a cantora.

Os anos se passaram e, de foliã comum, Claudinha virou torcedora ilustre. Nas arquibancadas de Pituaçu, ela é muito mais que isso. A cantora ganhou uma homenagem dos torcedores em uma bandeira com o seu rosto e as cores do Bahia.

– Ver meu rosto em uma bandeira no meio da torcida é massa demais. Porque eles querem ver o bem do Bahia e me colocam ali no meio, então é algo muito emocionante. Ver meu rosto ali é algo que arrepia – disse.

Foto: Eric Luis Carvalho/Globoesporte.com

Tricolor de coração, mas “Neymarzete” assumida

Claudinha não esconde de ninguém a paixão pelo seu time do coração, mas também não tem vergonha da sua admiração pelo grande jogador do futebol brasileiro na atualidade: Neymar. O craque do Santos e a cantora são garotos-propaganda de uma marca de refrigerante. Eles sempre se encontram em eventos comerciais e mantêm relação através das redes sociais. Em um dos encontros, Claudia Leitte chegou a brincar com o atacante, questionando quando ele jogaria no Bahia. Na conversa com a reportagem, a cantora não mediu palavras para elogiar o craque.

– Eu não entendo muito de futebol, mas olho para ele e vejo que é especial. É um ser fadado ao sucesso. Uma pessoa muito especial. Ele é muito precioso. Espero que se mantenha assim. Meu filho, o Davi, fica louco quando o vê jogar. O nome do filho dele também é Davi. Então, quando a gente se encontra, a gente conversa sobre os filhos. No Twitter também, ele é sempre atencioso. Espero que mantenha esse sucesso e essa humildade – disse, depois de mostrar uma gravação em áudio do filho Davi cantarolando: “Eu quero ser Neymar.”

– Eu mostrei para o Neymar quando a gente se encontrou. Ele adorou – completou.

Arisco, o pequeno Davi confirmou a idolatria pelo craque e mostrou dúvida quando perguntado sobre quem tem a preferência no seu coração, o Bahia ou Neymar. Mas terminou decepcionando o pai e fazendo a mãe cair na gargalhada.

– Bora, “Bahêa!” Mas Neymar é mais forte – disse o pequeno Davi Leitte.”

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