De Ricardo Palmeira, para o jornal A Tarde deste domingo:
`Parte da imprensa mineira dá como praticamente certa a contratação de Ávine pelo Atlético-MG, embora a diretoria do Bahia continue sem oficializar tal informação. Caso a negociação se concretize, o Tricolor, que conta com três laterais pelo lado direito (Boiadeiro, Coelho e Madson), ficará, em princípio, com apenas um jogador para o setor esquerdo: William Matheus.
A possibilidade de um reforço para a posição ainda não é ventilada abertamente pelo clube. Enquanto isso, o candidato ao posto de Ávine é quase um anônimo para boa parte da torcida.
Quem já ouviu falar em William Matheus deve até pensar, equivocadamente, tratar-se de alguém da base. Puro engano. Apesar de seus 21 anos, o garoto, na realidade, é cria do Figueirense. E, embora ainda não tenha atuado pela equipe principal, já está no Bahia desde julho de 2011.
Agora, com a iminência da primeira chance real no time, William revela seu sonho: Desejo seguir os passos do Ávine. Cheguei ao Bahia e me apaixonei pelo clube. A torcida é impressionante! Vejo o Ávine com sua história aqui e sonho com uma trajetória semelhante. Quero ser seu sucessor, candidata-se o lateral.
Para tanto, o garoto sabe que o Baianão 2012 será o grande teste. Seu contrato com o Bahia expira em maio deste ano. O torcedor pode ter certeza de que verá em campo um jogador determinado e de muita garra. Vou lutar para mostrar meu valor e provar que mereço seguir no clube”, afirma, determinado.
Recomeço
Para William Matheus, o Tricolor representa também um nova oportunidade no futebol. Nascido em Nova Iguaçu-RJ, o lateral ingressou no futebol aos 17 anos, quando foi aprovado em um teste que o Figueirense fez no Rio de Janeiro. Seis meses depois, no Estadual de 2008, já estava no time profissional. Mais dois meses se passaram e já tinha virado titular.
Contudo, com o trauma do rebaixamento à Série B, o Figueirense reformulou a equipe e William acabou escanteado. Em 2010, não teve seu contratou renovado e foi parar no Democrata-MG. Foi quando o Bahia cruzou seu caminho. Chiquinho de Assis (treinador do sub-23) me viu, gostou de meu futebol e me trouxe para cá. Sabia que era para jogar no sub-23, mas topei pois era uma grande oportunidade, disse.
E foi mesmo. Titular na Copa Estado de 2011, o garoto agradou. Desde agosto passou a treinar no grupo principal e só descia para o sub-23 na hora de jogar. No fim do Brasileirão, contra o Ceará, fiquei no banco, mas não entrei em campo. Mesmo assim, segui tranquilo. Sei que minha chance virá em 2012. E não vou decepcionar, avisa.
Por fim, para quem está curioso para vê-lo atuar, o jogador informa: Sou um lateral forte também na marcação. Chego no ataque, mas chego moderadamente, avisa ele, disposto a marcar território.
TRÊS PERGUNTAS PARA WILLIAM MATHEUS
Ficou magoado por ter sido dispensado do Figueirense?
Não. Futebol é fase. Acharam que eu não estava mais tão bem e não renovaram meu contrato. Faz parte da vida.
Você não foi profissionalizado muito cedo?
As pessoas do Figueirense sabem o que fazem, mas, se eu tivesse naquela época a cabeça que tenho hoje, teria tido muito mais sucesso.
Melhor para o Bahia, então, que terá um jogador mais preparado?
Hoje, estou pronto para o desafio que é jogar no Bahia. Sua torcida lota estádio, cobra e incentiva muito.
CONHEÇA O CANDIDATO A SUCESSOR DE ÁVINE
NOME William Matheus da Silva
NASCIMENTO 8.9.1991, em Nova Iguaçu (RJ)
ALTURA 1,87m
PESO 85kg
POSIÇÃO lateral-esquerdo
EQUIPES Figueirense (2008-10); Botafogo-DF (2010); Democrata, de Governador Valadares-MG (2011); e Bahia (desde 2011)
TÍTULO Catarinense (2008)`
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