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Herói, gigante da zaga sobe até 2,5m na bola aérea

Notícia
Historico
Publicada em 10 de abril de 2012 às 11:52 por Da Redação

Foto: Rafael Martins/Correio*” width=

De Daniela Leone, para a edição desta terça-feira do jornal Correio*:

`“Sai do chão, sai do chão, a maior do Nordestão”. O grito de guerra da torcida tricolor é seguido à risca por Rafael Donato. A galera salta na arquibancada e ele faz o mesmo em campo. E como sai do chão o zagueiro do Esquadrão! Com 1,93m e impulsão vertical de 53 centímetros, alcança até 2,46m de altura. Ninguém no elenco do Bahia sobe mais.

Fã de Michael Jordan, o carioca criado no Vidigal até jogou basquete na infância, mas o amor pelo futebol fez ele optar pelos gramados. “Pela altura, meus amigos sempre me chamavam pra jogar basquete. Cheguei a jogar em campeonatos na escola, mas por volta dos 12 anos escolhi o futebol. Era o que fazia meu coração bater mais forte”, diz.

Deixou de treinar enterradas e se concentrou nos cabeceios. A estatura e impulsão de Donato são armas do Bahia na bola parada. Foi assim que o time conquistou a vantagem até a final do estadual, no último domingo. Aos 49 minutos, o zagueirão colocou a cabeça na redonda e virou herói na vitória por 3×2 no Bahia de Feira.

Festa e quebra de tabu em Pituaçu. Havia 18 anos que o Bahia não conquistava a vantagem. “Fiquei cego. Foi emocionante. Mas não foi por acaso. A gente treina bola parada exaustivamente. Não saí das minhas características, foi dentro do meu posicionamento”, destaca o jogador.

Estatísticas – “Hoje, as estatísticas mostram que de 30% a 40% dos gols saem de bola parada. Ele cabeceia muito bem e isso dá uma segurança pra gente, ofensiva e defensivamente, porque ele pode marcar adversários altos e com maior poder de cabeceio”, ressalta o auxiliar técnico Eduardo Souza, que faz parte do Departamento de Análise e Desempenho do Bahia.

Donato fez quatro gols na temporada, sendo três deles de cabeça. Testou contra Bahia de Feira e Camaçari, no estadual, e contra Auto Esporte, na Copa do Brasil. Diante do Bahia de Feira, Donato nem precisou subir tanto. “Eu não saltei muito, porque fiquei só e subi mais confortável. Mas tive que dar um pulinho legal, né? Por que a bola veio alçada”.

Gol da virada. Sai do chão, zagueirão`.

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