As torcidas querem árbitro de fora. A diretoria do Bahia quer árbitro de fora. Até o rival estaria querendo árbitro de fora. Ninguém vai admitir um trio local como o do último Ba-Vi, em que o Tricolor levou 3 a 2 no Barradão com os nomes reincidentes de Alessandro Matos e Manuel Lopo Garrido. O terceiro gol rubro-negro surgiu de uma jogada faltosa, admitida por toda a imprensa.
Porém, não dá para também já antecipar o juiz de domingo como se acusa um determinado radialista baiano de ter feito nesta terça-feira, feriado do Dia do Trabalhador.
A história é de que o gaúcho Leandro Pedro Vuaden, escalado para comandar Vitória x Botafogo, nesta quarta, pela Copa do Brasil, não iria embora de Salvador e ficaria para o clássico.
A grande pergunta é: e os sorteios, conforme estipula o Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/2003)?
Detalhe: Vuaden, embora tenha sido o árbitro do jogo do acesso contra a Portuguesa, pela Série B de 2010, traz péssimas recordações em se tratando de Ba-Vis para o Esquadrão.
No ano passado, ele trabalhou na partida de ida da semifinal, em Pituaçu, quando o Bahia perdeu por 1 a 0 ante o rubro-negro. Pior ainda foi em 2009, momento em que era o apitador do tumultuado e chuvoso empate em 2 a 2 na finalíssima do Barradão.
A diretoria tricolor chegou a entrar com uma representação na CBF.
As principais reclamações: rigor exagerado na expulsão do então centroavante Cadu; a não marcação da falta de Neto Baiano em Evaldo no primeiro gol do time de Canabrava; o impedimento não assinalado do ataque rival na jogada que originou o pênalti do segundo gol; e a própria marcação da penalidade, que, para o Bahia, não existiu.
Naquela ocasião, havia sido a segunda vez que Vuaden se envolvia em polêmica por favorecimento ao adversário no Barradão. Em 2008, pelo Brasileirão, o gaúcho acabou suspenso pela Comissão Nacional por não assinalar pênalti clamoroso a favor do Fluminense.
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