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“É jogar como se fosse uma final só”, diz Falcão

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Historico
Publicada em 4 de maio de 2012 às 17:12 por Da Redação

Após o treino com portões fechados à imprensa na manhã desta sexta-feira, no Fazendão, o técnico Paulo Roberto Falcão deu entrevista coletiva de olho no Ba-Vi de domingo, no Barradão. E, como sempre, não deu pistas sobre a escalação tricolor, cuja maior dúvida é o substituto do meia-atacante Lulinha, suspenso. Confira as frases do comandante por ordem de perguntas:

Quem vai entrar ali? São mesmo muitas opções (de um volante a um centroavante)?
Pode tudo (risos). Eu não gosto da palavra secreto (referindo-se ao treino), não tem muito o que esconder no futebol de hoje, mas é um trabalho que eu gosto de fazer com eles, só com eles, para ter condições de fazer e conversar algumas coisas, mas muito mais para deixar a coisa mais reservada entre eles e a comissão. Não tem uma coisa mirabolante, o Bahia vir com esquema… Vamos seguir o nosso trabalho normal, não dá pra ficar inventando muito. Mas, de modo geral, temos duas ou três situações que vamos definir até domingo.

Estaria entre Zé Roberto, Magno e Júnior? (o repórter garantiu ter visto algo de cima)
Você olhou? Deu uma bisbilhotada? Mas não teve isso, não. Temos aí 20 jogadores, temos a necessidade de uma vitória, nós não vamos entrar com o regulamento debaixo do braço, não vamos entrar para nos defender. Vamos seguir o trabalho de três meses de desde quando eu cheguei aqui. A vantagem só será pensada após o primeiro jogo. Não podemos pensar que vamos decidir em casa. Vamos entrar para ganhar, respeitando o Vitória. Não podemos correr o risco de perder o jogo, como aconteceu contra o Conquista, e deixar trocar a vantagem, que a vantagem passe para eles. Nosso objetivo é jogar como se fosse uma final só. Os jogadores sabem que eu só defino o time pouco antes do jogo, para que todos estejam concentrados em poder jogar. É assim que eu trabalho, não gosto de trabalhar diferente.

Há possibilidade de Fabinho ser improvisado na lateral direita?
O Fabinho é um jogador de muita experiência, que jogou aí grandes clássicos pelo Brasil inteiro, um jogador que está bem, tem ascendência acima do grupo, não sente nenhum tipo de pressão e pode, sim, ser uma opção, como todos os outros. Mas já que você falou do Fabinho, ele pode ser, sim. É um jogador importante, que tem esse currículo, e acho que às vezes, nesse momento, ele pode ser importante.

O clima de decisão na cidade pode afetar o grupo?
O clássico por si só ele já mexe, e isso é inegável. Tudo aquilo que acontece fora, por mais que você tente bloquear o clima, não tem como não chegar na gente. E isso é o que faz a diferença no clássico, né. Em um jogo normal, esse clima não se cria. O que faz que você dificulte algumas tendências é o clima na cidade, e não pode ser diferente, porque estamos tratando de seres humanos. O nosso trabalho é fazer com que a gente tenha um grupo consciente, firme, que quer ser campeão, e a gente tem todas as condições, e vamos lutar para isso. Confiamos na gente. Quero meu time com clima de decisão e com clima de quem quer o título, com todo o respeito que o adversário merce, mas nós queremos o título.

O Bahia é favorito?
Se o futebol fosse justo, sim. E aqui não estou falando de favoritismo, mas, por todo o campeonato que a gente fez, pela diferença de pontos… Mas o futebol é um esporte, nem sempre as coisas são justas, basta analisar o jogo do Barcelona, por exemplo (pela semifinal da Liga dos Campeões, eliminado pelo Chelsea). Não foi justo o Barcelona ficar fora, o time criou, perdeu pênalti, teve bola na trave… Mas o futebol é assim.

O rival pode encher o meio de campo e dificultar para o Bahia?
Se a gente se compactar bem, não. O segredo é esse. Não vejo nenhum tipo de problema. Temos ideia de como o Vitória deve jogar, assim como eles têm ideia da gente, não tem muito segredo hoje.

Madson acabou de renovar por mais três anos. Isso ajuda, ele deve jogar?
O Madson também pode começar o jogo, sim. Ele vinha bem, com velocidade, não ficou no banco (domingo passado) por questão de composição, o Coelho estava bem fisicamente, treinando bem e foi liberado plenamente pelo DM (acabou machucado). O Madson certamente iria para o banco se eu não tivesse o Gabriel. Sempre falei que ele é quem poderia fazer a função do Gabriel. Quando você monta o banco, você precisa ter a leitura antecipada do jogo.

Quais critérios serão levados em conta para a escalação?
Nós temos aí 19, 20 jogadores, e em cima disso sairá o time que eu entendo que é o melhor possível para o momento. É preciso pensar em todas as situações: no Vitória, no rendimento individual do time, no emocional dos jogadores, enfim, quem sente menos o clássico… Nós temos que jogar com todas as armas, né, e isso me parece uma coisa muito simples.

Morais vem enfrentando dificuldades em campo?
Deixa eu lembrar uma coisa pra você e para o torcedor do Bahia. O Morais foi questionado por causa de um jogo, contra o Remo eu acho, mas o passe do primeiro gol foi dele… meteu uma bola maravilhosa pro Madson. Então, a gente tem que entender o torcedor, mas estamos todo o dia aqui, acompanhando, penso no jogo a todo momento, à noite, no hotel… Evidentemente, que eu não posso ser passional. Não posso ficar à beira do campo torcendo, tenho que ficar trabalhando, esse é o objetivo. Mas o Morais também tem experiência, é rodado. Mesmo naqueles momentos em que existiu uma pequena reação contra, ele não teve medo, não. Ele cria, ele joga, aparece… Como é jogador de meio que pega mais na bola, evidentemente que ele aparece mais (para o torcedor). Mas não tem nada definido, não.

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