Mesmo tendo jogado com três volantes nas últimas duas partidas dentro de casa, o Bahia não ganhou nenhuma e levou nada menos que cinco gols. Não bastasse, depois da derrota contundente para o Grêmio, pela Copa do Brasil, o técnico Paulo Roberto Falcão chegou a falar como se o adversário fosse um gigante e o Tricolor, uma sardinha à lá Joel Santana…
Pois, nesta sexta-feira à tarde, após a reapresentação do elenco, de olho na estreia no Brasileirão, onde infelizmente não estarão mais Itabuna e Juazeirense, o comandante que antes pregava um futebol ofensivo (e ganhou a Nação com isso) ratificou o novo discurso “humilde”.
Confira as frases e chegue à sua própria conclusão:
“Eu me surpreendo com muitas pessoas falaando como se o Grêmio não fosse o Grêmio… E o Grêmio é um time de consistência, que ganhou uns títulos importantes aí, pra quem nao sabe (o Mundial já faz décadas)… Isso não significa nenhum desmerecimento ao nosso Bahia, tanto é que o Grêmio teve muitas dificuldades pra ganhar aqui (detalhe: no primeiro tempo, ficou com 61% da posse de bola), e certamente terá lá no Olímpico também”.
“Nosso objetivo (no Nacional) é sempre fazer bons jogos, mas às vezes, em determinados momentos, você tem que dar um passo para trás, sim. Não pode dar soco em ponta de faca. Alguém pode de repente enfrentar o Santos, o Fluminense, o Corinthias… de peito aberto? É difícil. Isso não significa que você não pode ganhar, mas tem que ter cuidado com esses times”.
“Eu notei que houve talvez nos últimos oito ou nove jogos… eu acompanho porque leio, vejo TV, gosto de saber o que as pessoas pensam… uma análise de que o Bahia jogava mal, mal, mal, mal… E o Bahia continuava ganhando. E, na minha avaliação, não jogava mal”.
“Existe o adversário do outro lado, que começa a se preparar melhor para realizar de repente situações que o Bahia se surpreendia. Isso aconteceu com o time da moda, o Barcelona, que teve dificuldade com o Chelsea e o Real Madrid”.
“Agora, vamos entrar no Brasileiro e a gente precisa criar um time que jogue bem. O grande desafio para qualquer time é ganhar, mas que permaneça na história porque ganhou jogando bem. Isso nem sempre é possivel. É um desafio”.
“Precisamos buscar soluções. Inventar coisas novas pra continuar surpreendendo, como fiz quando coloquei os zagueiros pra fazer gol de bola parada quando a gente ficou sem Souza”.
MAIS
Falcão admitiu a necessidade de reforços, mas sem revelar as maiores carências no plantel.
“Isso já foi passado para quem precisa saber. O grupo é bom, mas precisa de uma encorpada. As coisas não são fáceis, o Bahia não é um time que tem condições econômicas para contratar qualquer jogador”.
“Só isso (as lesões, como as de Souza e Madson) já justifica ter um grupo maior. O Fabinho (volante improvisado desde o primeiro tempo contra o Grêmio) começou como lateral direito, lá atrás, no futebol paulista, para quem não sabe. E foi bem, na minha opinião”.
“Eu, no Bahia, não estava acostumado a perder, não. Foi o primeiro jogo que a gente perde (em casa). Agora, que precisa qualificar… precisa. Mas precisa até o Barcelona. Os times do Brasil estão todos se qualificando, você entra nos sites e vê”.
“Alysson e Diego (anunciados nesta sexta, ex-Feirense e Noroeste-SP) são para serem analisados. O aproveitamento deles vai depender do que apresentarem nos treinos e no time sub-23”.
Questionado sobre o fato de as contratações mais caras do clube para 2012 estarem todas no banco de reservas (Zé Roberto, Morais e Ciro), Falcão respondeu: “Eu cheguei depois disso. Mas isso faz parte do mundo da bola. E, pelo contrário, acho que eles estão dando a sua contribuição”.
PEIXE B
“São jogadores excelentes (que serão poupados para domingo, em Pituaçu), mas eu diria que enfrentei os reservas do Santos na estreia do Brasileiro do ano passado e foi um jogo extremamente difícil (só empatou, à frente do Inter, em 1 a 1, na Vila Belmiro). Evidentemente, quem entrar no lugar do Neymar ou do Ganso não terá a mesma qualidade, mas são bons jogadores, que virão querendo fazer bom jogo aqui. Independente de quem jogar, será um jogo duríssimo”.
RETORNO DE ÁVINE
“Tá longe ainda. Esse é um outro problema, não pode só porque está no campo treinando achar que vai voltar logo. Tomara que recupere rápido, mas ainda está voltando, nao sei se 10, 15, 20 dias… Certamente, não será agora. Temos que colocar o jogador quando ele estiver mais ou menos com condição de jogar perto do que pode jogar”.
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