A partida deste domingo, contra o Flamengo, em Pituaçu, marcará o reencontro da Nação Tricolor com o técnico Joel Santana, que há cinco meses e uma semana abandonou o Bahia para assumir o Flamengo, onde hoje balança no cargo e pode ser demitido em caso de derrota. Às vésperas do confronto, ele deu uma entrevista ao repórter Daniel Dórea, do jornal A Tarde, em que falou como se a torcida estivesse em paz com ele (relembre tudo nos links ao final). Leia:
Não faz tanto tempo assim que você saiu daqui, mas já sente alguma saudade da Bahia?
Muita saudade. Muita saudade. Mas muita saudade mesmo. Saudade de tudo que me marcou da última vez que estive aí. Saudade das coisas que eu fazia, de ir à Igreja do Bonfim, de ver meus amigos. Mas eu volto! Não tenha dúvida disso. O Bahia faz parte da minha vida e da minha história. Sou muito grato ao povo da Bahia.
Então, jogar contra o Bahia tem um sabor especial pra você…
É a vida do profissional do futebol, né? Tenho vários amigos aí, os funcionários do clube, os jogadores do elenco atual, torcida, o presidente (Marcelo Filho) e o pai dele (Marcelo Guimarães) são meus amigos pessoais. Durante os 90 minutos, vale o profissionalismo, mas espero muito rever e abraçar todos os meus amigos depois.
E como você avalia sua última passagem pelo Bahia?
Em 2011, tiramos o time do rebaixamento, levamos a uma competição internacional depois de muito tempo e, este ano, deixamos o time pronto para ser campeão baiano. Acho que tenho um pedaço disso aí, né? Quero minha faixa de campeão! Meu nome já está na história, pois comandei a equipe em quatro jogos.
Mas aí você foi para o Flamengo e deixou o Bahia na mão…
Isso aí não pode ter deixado sequela. Eu saí três vezes do Flamengo e eles foram me chamar de novo. Nos últimos dez anos devem ter passado uns 20 técnicos pelo Bahia, mas foram buscar Papai Joel na casa dele em Minas pra salvar o time do rebaixamento. O pior é quando a gente sai depois de fazer um trabalho de m… e ninguém quer você de volta. Você acaba sendo só mais um. No Bahia, sempre fiz meu trabalho bem feito, senão não teria sido campeão. Lembra da minha faixa, viu? (risos)
Você espera que sua recepção no domingo seja boa?
Espero ser bem recebido, sim, como sempre fui. Sou filho da terra e ninguém trata mal um filho. Aliás, um papai! Ainda vou morar na Bahia. As pessoas não levam fé quando falo, mas vou mesmo. Agora, estou aqui no Flamengo vestido com uma camisa azul, vermelha e branca. Daqui a pouco a imprensa chega aqui e começa a fotografar.
Como você se sente no Flamengo hoje? Pressionado?
As coisas no Flamengo estão difíceis porque é um ano político. O time está oscilando. Tem muito garoto. Estou fazendo um trabalho novo, que vai surtir efeito no futuro. Você não arma um time de massa da noite pro dia.
Você acha que a polêmica da sardinha ainda rende?
Puxa vida! Vai ficar mastigando o bagaço da laranja? Muito melhor é gritar é campeão, comemorar a vaga na Sul-Americana. Aquilo ali não passou de uma invenção baseada em coisas de palavras, de uma vírgula mal colocada. Isso é algo que eu procuro esquecer, não mexe na credibilidade que eu tenho aí. Prefiro pensar só em coisas boas.
Então, na sua opinião, ninguém mais lembra disso…
Poxa. Só fui praí da última vez por consideração ao Bahia. O carinho que eu tenho pela Bahia é muito grande. No domingo, estarei mais uma vez na Boa Terra, mas quero voltar pra trabalhar.
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