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Caio promete usar a base e traça meta de pontos

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Historico
Publicada em 23 de julho de 2012 às 20:56 por Da Redação

Após o treino desta segunda-feira, quando analisou jogadores que não atuaram mais de 45 minutos contra o Coritiba, o treinador Caio Júnior concedeu sua primeira entrevista coletiva como técnico do Bahia. Em quase 20 minutos de conversa, ele falou sobre o que encontrou na chegada ao clube, comentou o jogo, disse que pretende utilizar jogadores da base e fez um estudo sobre a quantidade de pontos necessários para traçar os objetivos do Brasileirão.

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Confira o áudio cedido pela assessoria de imprensa:

Leja a entrevista completa:

O que fez você aceitar o convite e o que acha do Bahia?

“É uma satisfação muito grande neste momento ser treinador do Bahia. Um clube de tradição, de história, campeão brasileiro. Confirmei algumas coisas que tinham me falado em termos de organização. Pessoas sérias dentro do clube. Muitas coisas boas para acontecer no Bahia. Um projeto de Centro de Treinamento. O Bahia está num caminho muito bom para ser um dos grandes clubes do Brasil. Espero contribuir para isso”.

O que achou da partida de ontem, contra o Coritiba?

“O Eduardo acertou muito bem na estratégia da partida. O desenho tático no primeiro tempo me agradou bastante. Temos que acertar no sistema de acordo com os jogadores que você tem. Defensivamente fomos bem, mas tivemos muito pouco em finalização. No segundo tempo aconteceram desequilíbrios. Alguns jogadores cansaram. O Zé Roberto que está voltando, o Kleberson também tem pouco tempo de treinamento, o Ávine também cansou. Em função de situações individuais, a equipe acabou cedendo o empate.”.

Como fazer para que o time volte a jogar bem e vencer?

“O importante é a gente ter confiança. Vejo o futebol como esporte e sou extremamente profissional. Em 2002, tive minha primeira experiência como treinador e foi a pior de todas. Assumi o Paraná Clube faltando 10 rodadas para o fim do campeonato, com 90% de chance de rebaixamento, os matemáticos diziam, e nós escapamos. Foi um momento marcante. Eu já vivi isso há 10 anos e sei o que é trabalhar nessa zona do rebaixamento. A pressão é maior, o torcedor tem menos paciência. Mas acredito que o campeonato tem muito o que acontecer, são 11 rodadas. É importante traçar metas. Não impossíveis. Faltam ainda 8 jogos para acabar o primeiro turno. Quero traçar metas com os jogadores para chegar numa situação razoável no final desse primeiro turno e no segundo turno pensar numa situação melhor, sonhar com alguma coisa que seria maravilhosa para o torcedor. Nesse momento temos que ser realistas e saber que fugir da zona é o objetivo o mais rápido possível”.

Como trabalhar com uma equipe que está com auto-estima baixa?

“Quando se troca o treinador, normalmente se quer criar um fato novo. Não só isso, mas é um dos motivos. Temos que criar uma motivação diferente. Aconteceu, a equipe deu uma resposta positiva no primeiro tempo. No segundo tempo faltou, por uma serie de motivos que internamente temos que descobrir. Nunca vi uma equipe que conseguiu seus objetivos sem confiança. Quando saiu o primeiro gol do Coritiba, ficou nítido isso, a equipe se abateu. Sempre trabalhei na questão psicológica, de entender esse aspecto. E temos jogadores experientes que têm que trabalhar nisso. A equipe não pode se abater. Precisamos mais de alma. Um torcedor como o do Bahia, que já foi campeão brasileiro duas vezes, quer ver alma dentro do campo, quer ver o cara dar a vida. Gosto de uma equipe técnica, mas a alma é fundamental.

Vai precisar de reforços?

Hoje é meu primeiro dia de trabalho. Obviamente, vamos ter tempo para conversar sobre tudo. A prioridade é o jogo do Palmeiras. Saber como jogar, conhecer o adversário e pensar na equipe que vai jogar. Internamente vamos pensar nessas situações. Já tenho uma ideia na minha cabeça e vou passar para Paulo Angioni (gestor de futebol). São posições especificas, até para acrescentar qualidade. Se for preciso, vou fazer.

Como quer que o time jogue contra o Palmeiras?

Gostaria de mais equilíbrio nos 90 minutos. Fosse mais consistente. Conseguisse manter o que foi feito no primeiro tempo, o que foi muito bem feito. Ser compacto, mas também chutar a gol. Acredito muito na repetição da equipe, no trabalho, na característica dos jogadores, mas não sou mágico. Minhas equipes sempre se caracterizaram por serem equipes modernas.

Manterá o volante Fabinho improvisado na lateral?

Ninguém gosta de ser improvisado. Não é o ideal para nenhum jogador. A gente vê que o Fabinho está tentando dar o melhor, mas o torcedor tem que entender que ele não poder ser cobrado e querer que ele tenha um rendimento de lateral direito. O Neto não pode, ele nem inscrito está ainda. Temos o Madson e o Coelho no departamento médico e eu gostei desse menino Gil, a primeira impressão que tive foi boa, é da posição e ficou no banco neste jogo. Mas nesse momento não vou me precipitar. Estou numa fase de observação em relação a esses jogadores mais jovens”.

Os jogadores que não têm entrado se esforçaram no treino. Terão chance?

“É normal. O jogador cria na cabeça dele a possibilidade do treinador que chegou dar uma oportunidade, isso é muito bom. Me chamou atenção esse jogador, Rafael, centroavante, finaliza bem. Eles precisam trabalhar, serem observados. Amanhã faremos um trabalho técnico. O Ciro também é um menino que precisa de atenção. Me lembro dele e comentei com ele. É um jogador que tem potencial. Temos que entender o que está acontecendo”.

Pretende utilizar os jogadores da categoria de base?

Pretendo. O primeiro contato foi com os representantes da categoria de base. O Mota, o Chiquinho e o Sérgio. Os três reunidos. Inclusive sexta-feira já teremos aqui um coletivo com os jogadores que não atuaram contra o Palmeiras. Sempre trabalhei com categoria de base, sempre dei oportunidade. Se pesquisarem vão ver que por onde passo algum jogador é lançado. Você mesmo lembrou o Cidinho no Botafogo. Acredito, fui jogador de base e jogador que tem potencial tem que ter oportunidade. Mas tem que ser com calma. Vamos analisar e, se eu enxergar alguém que tenha capacidade e eu acreditar, não tenho medo de lançar, não.

Como será o planejamento, já que o calendário foi ruim para o clube?

Esse raciocínio também não é tão certeiro. Cada jogo tem a sua história, sua característica. Nos últimos anos, desde que começou a era dos pontos corridos, os números têm se mantido. Em torno de 60% para título. De 50 a 60%, Libertadores. De 40 a 50%, Sul-Americana. Normalmente o rebaixamento com menos de 30% corre risco e é o momento do Bahia 24%. Temos que ser realistas. Não posso sair de 24 para 70 em 10 rodadas, é muito difícil. Agora, se sairmos de 24 para 40, depois 50, você vai chegando no objetivo que é chegar no pessoal lá de cima. Realmente é complicado. Acredito que o Campeonato Brasileiro seja o mais difícil do mundo. Depende, muito do lado psicológico, mental, organização, planejamento, acreditar, não se abater na hora da crítica. O torcedor entender que quem mais sofrer é ele. Ele precisa incentivar os jogadores, não vaiar durante os 90 minutos. Depois se quiser vaiar faz parte do futebol. Mas o torcedor precisa incentivar os jogadores porque é o clube, a camisa, e é muito importante permanecer na primeira divisão. Eu sei muito bem o que representa isso. Vou trabalhar muito, estudar. Tudo que eu puder e fazer no sentido de terminar a temporada e ter orgulho de estar na primeira divisão”.

Pedirá contratações?

“Pretendo. Se eu achar que há carência, necessidade fundamental, vou pedir. Eu estou aqui para isso. É importante. O contato que tive com o presidente foi muito bom. Presidente jovem, com grandes idéias. A relação com Paulo Angioni vai ser excelente. Conheço Paulo Angioni e é uma referência na área dele. Não vai faltar tentativa de fazer o melhor para o Bahia”.

Projeta quantos pontos até o fim do primeiro turno?

Pontos têm a ver com o percentual. Às vezes, a pontuação muda um pouco de acordo com o campeonato. Acredito que, se conseguirmos chegar próximo dos 20 pontos, 22, 18, no final do primeiro turno, você dá uma respirada. E em cima disso podemos trabalhar de uma outra forma no segundo turno. São mais 19 jogos depois. Se você tiver um pouco mais de tranqüilidade, não ficar na zona de rebaixamento muito tempo, o próprio jogador rende mais e isso é importante”.

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