De André Uzêda, para o jornal A Tarde desta segunda-feira:
`Roberto Conceição Argolo -conhecido no mundo da bola pelo apelido de Eliberto- sente saudade dos tempos de jogador. Foram dezoito anos dedicados ao esporte, desde a chegada ao dente de leite do Bahia, aos 12, até o derradeiro jogo final, já na casa dos 30, no CSA de Alagoas.
O corpo, aos 56, já não é mais o mesmo. As pernas bambas e uma incômoda e constante tontura impedem até que um eventual baba sirva de paliativo para saciar os anos nostálgicos. Continuo vivendo o esporte. Só que agora apenas pela televisão, conta o ex-zagueiro.
Seria confortável, ou até mero capricho, se o drama fosse apenas este. Mas não é. Desde 2009, Eliberto padece de um problema no rim esquerdo, consequência da diabetes e da alta pressão que o marcam cerrado há mais de uma década tendo sofrido dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral) em um intervalo de doze anos.
Eliberto faz três sessões de hemodiálise por semana (às terças, quintas e sábados) e recebe ajudas regulares dos amigos da AGAP (Associações de Garantia ao Atleta Profissional), por meio do presidente Sérgio Morais e do superintendente Hugo Aparecido.
Eles dão muito apoio, mas agora preciso ir a São Paulo para ser tratado no Hospital do Rim. Meu médico diz que meu quadro pode ser reversível, mas é uma viagem cara e o meu plano de saúde (Planserv) não cobre lá, revela.
Seus vencimentos, pouco mais de um salário mínimo e meio, da aposentadoria como funcionário público da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp) não conseguiu se aposentar como jogador de futebol são insuficientes para cobrir todos os custos do tratamento.
Eliberto atualmente mora numa casa com a mulher, os três filhos e a sogra, no bairro do Pau Miúdo, em Salvador. Seria bom ter ajuda dos meus amigos. Tive a chance fazer vários deles em muito tempo como jogador do Bahia. Cheguei aqui menino e passei pelo dente de leite, infanto, juvenil e finalmente fui para o profissional, aos 20 anos. Foram tempos maravilhosos, relembra.
Relíquias – Entre os maiores objetos daqueles tempos áureos, guarda uma faixa do tricampeonato de juvenil pelo Bahia (1973, 74 e 75) e também da conquista do até hoje imbatível hepta, tendo participado dos campeonatos de 1978 e 1979, já como profissional.
Era reserva de Sapatão e Zé Augusto. Dois ídolos. Sou parte daquela conquista histórica. Tenho muito orgulho disso, afirma.
Eliberto sente saudade dos tempos de boleiro. Da convivência diária dos amigos Beijoca, do goleiro Ronaldo e dos hoje famosos Felipão (seu reserva no CSA) e Cristóvão (atualmente técnico do Vasco da Gama).
O rim caleja, mas o coração permanece intacto. Tenho orgulho de tudo que vivi. Foram tempos maravilhosos, repete.
Corrente a quem puder ajudar Eliberto:
O ex-jogador aceita doações para tentar custear seu tratamento. O número da conta, do Banco Bradesco, é 79195-4, agência 0235-6, em nome de Roberto Conceição Argolo.`
Clique aqui e saiba tudo sobre o Brasileirão 2012
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.