Gerley não faz mais parte dos planos de Caio Júnior. O treinador `abriu o jogo´ em coletiva concedida nesta terça-feira e fez uma avaliação técnica de parte do atual elenco do Bahia.
O Gerley, já falei, é um jogador que na parte técnica, que, infelizmente, eu dei minha posição para o clube. E essa minha posição… Às vezes não é fácil, mas tem que se dar uma posição. E acho que o Hélder, de todos que tem à disposição, tem mais capacidade para jogar, mas dentro daquilo de não ser o jogador de origem. Pedi uma contratação para direção nessa posição e o Paulo [Angioni] está buscando uma solução, disse Caio Júnior.
Ele continuou. Nós temos o problema do Ávine, que era o titular. Vocês viram o problema que eu tive, de `coloca 45, depois tira, põe, tira, põe´. Nós tiramos agora definitivamente e só vai voltar quando tiver condições, afirmou.
Por que não usar a base? O Jussandro e qualquer outro menino eu estou vendo, observando, e não podemos colocar toda pressão, toda solução, em cima de um menino. Não é assim que se lança os jogadores e o trabalho do sub-23, que é muito bom, ele tem que ter coerência.
LATERAL DIREITA
E não é só a lateral esquerda que vem incomodando Caio Júnior. O outro lado da defesa também vem sofrendo com problemas, tanto é que Diones e Fabinho vêm sendo improvisados com frequência nesta temporada. Porém, ao contrário do lado esquerdo, o atual treinador tricolor acredita que não seja necessária uma nova contratação.
O clube tem dois jogadores de origem de ótimo nível: Madson e Coelho. Estão fora e por tempo indeterminado. O caso do Coelho é mais longo, infelizmente, e o caso do Madson me irrita um pouco. É um jogador que vai para o campo e volta para o vestiário e daqui a pouco vem de novo. É uma questão que tem que ser resolvida pelo departamento médico e físico, analisou.
Outra opção é o recém-contratado Neto, que ainda aguarda a chegada de documentos da Grécia, onde defendia o Aris. O Neto é uma excelente contratação. Estou na expectativa da estreia dele desde a minha chegada. A toda semana eu recebo a informação de que no próximo jogo ele estará em condições. Vejo nos treinamentos que o nível dele é muito alto. Então, são casos que me atrapalham, acrescentou.
Para a partida desta quarta-feira, contra a Ponte Preta, Gil Bahia pode ser o escolhido da lateral direita caso Hélder, poupado do treino desta terça-feira, não jogue. Com isso, Diones ficaria encarregado pelo lado esquerdo. Porém, caso Hélder se recupere, ele fica na lateral esquerda e Diones volta ao lado direito, com Gil Bahia sendo opção no banco de reservas. Até porque Caio Júnior ainda não o vê com condições de ser o titular da posição.
Coloquei para jogar contra o Palmeiras, jogou depois, e cheguei à conclusão que é um menino que precisa de apoio, não de pressão. É colocar ele em condições de menos pressão, que ele não se queime. Acho que ele tem potencial e mostrou nesse final de jogo contra o Cruzeiro. Mas talvez sob a pressão dos 90 minutos ainda não esteja pronto, completou.
ENFIM, A DUPLA
Pela primeira vez desde que chegou ao Fazendão, o treinador vai poder contar com Gabriel e Souza. Os dois formarão a dupla ofensiva e têm números que impressionam. O primeiro é o líder das assistências da equipe (foram 20 este ano). O segundo é o artilheiro na temporada com 22 gols. A sintonia deixou o técnico esperançoso.
“(O jogo) Vai ser muito difícil, mas temos que competir e jogar defendendo bem. Acho que a possibilidade ofensiva que vamos ter, com Gabriel e Souza, que é uma dupla que eu ainda não tive à disposição, é muito interessante”, comentou o treinador.
O ataque realmente tem sido uma das principais dores de cabeça do treinador. Caio Júnior tem repetido constantemente que está satisfeito com o desempenho defensivo, mas que ainda procura uma fórmula para ter sucesso também na frente.
“Foram cinco jogos em que fizemos só três gols, mas em compensação tivemos um aproveitamento bom na defesa. Estou buscando o equilíbrio. Está sendo claro que está faltando a parte ofensiva. Precisamos de um jogador que faça gol. Por isso pedimos a contratação de Cláudio Pitbull. As coisas estão muito claras, mas estou com expectativa muito boa”, avaliou.
E A META DE PONTOS?
“Está apertando. Posso passar agora que a minha meta eram 12 pontos nos meus oito jogos, e nós fizemos cinco pontos em cinco jogos. Agora temos nove pontos a disputar para fazer sete. É difícil. Seriam duas vitórias e um empate”, comentou o treinador.
Apesar dos resultados não terem sido o esperado, o treinador acredita que o objetivo traçado com os jogadores não estava fora da realidade. E ele mantém a confiança em conseguir terminar o primeiro turno com 20 pontos conquistados.
“Era uma meta que não considerava impossível. Era uma meta acessível, só que nós não tivemos uma ponta de sorte contra o Grêmio ou dois pontos a mais em casa. Agora a coisa apertou, mas ainda está dentro do possível. Não é uma coisa absurda a gente conseguir sete pontos nestes três jogos”, disse Caio Júnior.
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