Revoltado, Kakay menciona até Atlético de Madrid

Revoltado com a decisão da desembargadora Lisbete Maria de Almeida César Santos de postergar o pedido de suspensão do processo interditório no clube, o advogado Antonio Carlos Castro, o “Kakay”, voltou a dar entrevista no início da noite desta sexta-feira e prometeu voltar a utilizar novas peças judiciais na próxima segunda-feira.

Desta vez, o defensor de Marcelo Guimarães Filho falou à rádio Sociedade AM e deixou claro que sua intenção é dar a administração do clube de volta a MGF, toda a diretoria e aos 300 Conselheiros destituídos na último dia 9 de julho.

“Não quero muito, quero que o TJ da Bahia diga quem tem razão, mas tente dizer logo. Porque a justiça que demora a ser dita, não vai ser dita. Uma intervenção não pode perdurar por 1 hora, 2 horas, três dias ou mais. Se eu estiver errado, que se faça então uma nova eleição”, disse Kakay à rádio.

O causídico informou que tem recebido mensagens de solidariedade de vários lugares e que inclusive recebeu ligações do presidente do Atlético de Madrid perplexo com a situação.

“Hoje o presidente do Atlético de Madrid me ligou perplexo pois queria comprar um jogador aqui e disse que não comprará. “Como comprarei se um juiz manda depois destituir? Imagine? Essa é a realidade””, contou.

Novamente questionado se seria advogado do Bahia ou de Marcelo Filho, Kakay voltou a afirmar que defende os interesses de MGF e que depois que soube do que chamou de “arbitrariedades”, teria interesse em defender o ex-presidente ou qualquer membro da diretoria ou do conselho de graça.

“Sou advogado contratado pelo Bahia, represento os interesses do Bahia. Foi o Bahia que me contratou, mas estou vendo tantos e tantos desmandos, que me coloquei a disposição para representar quem tiver interesse dos Conselheiros, Diretores para representar contra essas arbitrariedades. E devo entrar sem nenhum ônus, se eles quiserem, para impugná-las”, argumentou.

“Não conheço os diretores, não conheço os conselheiros mas disse a eles que os cuidados de não julgar um caso logo, dimensionar sempre para o futuro não é bom. Tem um intruso lá dentro”, falou se referindo ao interventor nomeado pela Justiça, Dr. Carlos Rátis.

E voltou a repetir: “Se quiserem, vou entrar no nome de tantos quantos quiserem sem cobrar nada, para arguir as arbitrariedades que foram feitas, pois não lhe deram direto de defesa, afastaram sem dar intimação”.

Antes de finalizar, Antonio Carlos de Castro ainda voltou a dizer que o caso já tomou uma repercussão internacional e que a credibilidade do futebol está voltada para a Bahia. Segundo Antonio Carlos, a decisão de intervir na administração do clube estaria expondo a Bahia ao ridículo.

“É a credibilidade do futebol que infelizmente volta-se para a Bahia. O que está sendo julgado? Um conselheiro que não pode votar, que ao invés de entrar na justiça para querer votar, pediu a intervenção. Colocou-se ao ridículo, ridículo internacional, inclusive esse presidente do Atlético de Madrid e o presidente do BMG que é o que mais investe no futebol estão perplexos. Evidentemente não posso desrespeitar o poder judiciário, mas um juiz da 18ª vara achou que poderia fazer uma intervenção. É um risco para o futebol internacional e leva a Bahia ao ridículo”, encerrou.

De acordo com o despacho proferido pela desembargadora Lisbete Maria, o juiz Paulo Albiani e o advogado Pedro Barachisio ganharam um prazo para passar informações sobre o processo até que ela volte a julgar o mérito do agravo introduzido por Kakay. Este processo pode levar entre 15 a 30 dias.

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