Em meio a uma enxurrada de tentativas de Marcelo Guimarães Filho para voltar ao poder, todas em vão, a principal delas agora acontece no STJ, o Superior Tribunal de Justiça, onde seus advogados entraram com uma medida cautelar, nesta terça-feira, que causou calafrios na Nação Tricolor. Houve risco de uma liminar decretar o fim da intervenção azul, vermelha e branca.
O receio continua, mas o interventor Carlos Rátis felizmente não ficou parado. Por meio de uma petição, ele “informou” aos defensores do presidente deposto o que já havia deixado claro no Poder Judiciário da Bahia: Kakay & Cia. simplesmente não podem atuar em nome do clube.
A argumentação, inclusive, foi respaldada numa decisão da desembargadora Lisbete Santos, do TJ-BA, também ontem, que recusou agravo de MGF contra a auditoria tão temida por eles.
Além disso, outras novidades sobre o caso no Distrito Federal virão.
Rátis ainda aproveitou para nomear dois advogados, Celso Castro e Cristiano Possídio, para cuidar das ações cíveis, administrativas e trabalhistas do Esquadrão de Aço em Salvador.
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Mais tarde, em entrevista à rádio Metrópole, o interventor comentou diversos assuntos.
Perguntado sobre uma suposta negociação do zagueiro Titi (para a Turquia), disse que esses assuntos são de responsabilidade do diretor de futebol Anderson Barros
Sobre o patrocínio da Caixa Econômica Federal, afirmou que obteve diretamente com a presidência do banco um prazo maior para apresentar as certidões pendentes que impedem a assinatura do contrato. Disse ainda que não conseguiu os papéis por falta de dinheiro e que está dependendo de ajuda de patrocinadores para sanar essa dificuldade.
Ele elogiou a torcida pelo grande número de associações dos últimos dias e revelou que, até o momento, quase 1.000 sócios se recadastraram na sede do Stiep. Contudo, nem todos estão aptos a participar da assembleia geral, prestes a ser convocada, devido a débitos antigos.
Sobre a assembleia, ele fez questão de destacar que ela é soberana para decidir as alterações no estatuto ou mantê-lo. A propósito, o estatuto que será respeitado é o de 2008 uma vez que o que foi elaborado este ano não possui registro em cartório.
Rátis disse que um clube como Bahia não podia ter apenas 300 sócios adimplentes e reconheceu a necessidade de atrair e manter novos sócios em dia com o clube. Para isso, ele pretende atrair empresas que ofereçam benefícios aos sócios e, inclusive, já recebeu uma série de propostas, o que demonstra o novo momento de credibilidade do clube.
Mais uma vez, destacou que a situação financeira do Bahia é preocupante e citou o que ocorreu em seu primeiro dia como interventor: teve que contrair um empréstimo de pouco mais de R$ 7 mil para pagar a transferência do lateral colombiano Angulo. Informou ainda que foi realizada uma reunião entre a equipe de interventores, os representantes da empresa contratada para a auditoria e membros do setor de contabilidade do clube. O interventor disse que não há prazo estabelecido para apresentar o resultado, uma vez que há muitos documentos para análise.
Uma informação importante é que só será avaliado o período de janeiro de 2012 até agora. Rátis explicou que o que ensejou a intervenção foi a reeleição do filho de Marcelo Guimarães de forma irregular no final de 2011 e, por isso, apenas a documentação do segundo mandato será auditada. Ele fez questão de destacar que não estava assumindo o papel do Ministério Público ou da polícia e que, se forem descobertas irregularidades, acionará esses órgãos.
No final, o mineiro com sotaque baiano disse que também vai se tornar sócio do Bahia.
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