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Irmãs de MGF recebem R$ 23 mil do Bahia

Notícia
Historico
Publicada em 6 de agosto de 2013 às 10:39 por Da Redação

Novas revelações acerca da “dinamica futurista” do destituído Marcelo Guimarães Filho surgem a cada dia. Hoje a novidade é a divulgação de que as irmãs do amigo do atacante Souza são funcionárias do clube e uma delas recebia mais de vinte salários-mínimos por mês.

Outro caso curioso é o do ex-jogador, ex-gerente do clube e comentarista da rádio Metrópole, Elizeu Godoy, que –alegando ainda prestar serviços ao Tricolor– aufere mensalmente 40% dos rendimentos a que tinha direito enquanto exercia o cargo de gestor no Fazendão.

E o que dizer de Ruy Aciolly, presidente do Conselho Deliberativo azul, vermelho e branco, que –contrariando as leis do estatuto– também aparece na folha de pagamentos do Bahia?

Além de Aciolly, há outros 10 conselheiros na relação: o próprio Elizeu, Bruno Brizeno, Claus Dieter, Diego Torres Pinto, Jorge Copello, José Hildon Brandão Lobão, Leandro Bahiense, Maurício Castro de Carvalho, Roberto Passos e Rejane Nunes Souza.

Segundo o interventor Carlos Rátis, em entrevista ao Correio*, a divulgação busca transparência ao Esquadrão como ‘instituição pública’. Ao assumir o clube, há quase um mês, ele enfrentou problemas com funcionários que não apareceram após a intervenção ser decretada.

“Em breve, vamos divulgar a lista dos sócios que poderão se candidatar à presidência do clube. Também vamos colocar no site o estatuto de 2008, que é o que está valendo”, anunciou. No site, consta a versão de 2011 que, como não foi registrada em cartório, é considerada inválida.

“Quem elaborou a lista foi o RH (Recursos Humanos). Não fizemos juízo de valor. A lista ainda vai ser objeto de análise pela comissão”, finalizou interventor.

Saiba mais detalhes na matéria de André Uzêda publicada na edição de hoje do A Tarde:

“Duas irmãs do presidente Marcelo Guimarães Filho, destituído do Bahia em intervenção impetrada pela justiça em julho passado, são funcionárias remuneradas do clube. A reportagem teve acesso à folha salarial do Bahia referente ao último mês de pagamento, após solicitação feita ao interventor Carlos Rátis, baseando-se na Lei de Acesso à Informação.

As duas irmãs do presidente são Luciana de Medeiros Guimarães, que responde pela função de diretora do departamento jurídico, e Renata de Medeiros Guimarães, no cargo de gerente do mesmo setor.

No documento fornecido por Rátis não consta salários dos funcionários do clube, mas a reportagem apurou que os vencimentos líquidos de Luciana giram em torno de R$ 15 mil mensais, enquanto Renata recebe mais de R$ 8 mil por sua ocupação. O estatuto do Bahia não contempla qualquer proibição referente a prática de contratação de parentes do mandatário em exercício.

Por outro lado, Marcelo Filho não teve a preocupação de tornar pública tal informação, ainda que suas duas irmãs tenham vínculo firmado com o Bahia desde os primeiros anos da sua gestão.

Procurado pela reportagem, o presidente destituído não respondeu às chamadas telefônicas para comentar o assunto. Ao jornalista Levi Vasconcelos, da Coluna Tempo Presente de A TARDE, na edição do dia 3 de agosto, Marcelo Filho afirmou está evitando conceder entrevistas por orientação dos seus advogados. O escritório de advocacia de Luciana de Medeiros também foi contactado, sem retorno.

Assessor de futebol – Outro nome que consta na relação de funcionários do clube é do ex-jogador Elizeu Godoy, atualmente comentarista esportivo da Rádio Metrópole.

Na folha salarial, Elizeu aparece ocupando a função de gerente de futebol do Bahia, embora tenha deixado o cargo em janeiro de 2010. Ele foi contratado pelo então presidente Marcelo Filho no ano de 2009, após a demissão do diretor Paulo Carneiro.

“Fiquei na função até a chegada de Paulo Angioni (diretor já demitido), mas por conta da eficiência dos meus serviços, continuei assessorando o departamento de futebol do Bahia”, respondeu Godoy em contato com a reportagem.

O ex-jogador explicou ainda que, por conta da sua carteira de trabalho ter sido assinada como gerente, esta função continua constando na folha salarial do clube. Elizeu, porém, garantiu ter tido perdas salariais com a mudança de cargo.

“Não vou revelar valores, mas quando virei assessor de futebol passei a receber 40% do que recebia como gerente. Foi uma desvalorização por conta da natureza do trabalho”, justificou.

Em janeiro e fevereiro deste ano, revela Elizeu, ele viajou para Portugal a serviço do Bahia para fechar um acordo de parceria para empréstimo de jogadores. “Infelizmente o acordo não deu certo. Seria uma relação com o Belenense, time famoso de lá. Seria muito bom para a marca do Bahia fazer essa ligação internacional”, diz.

Em todo tempo que esteve a serviço do clube, o assessor recorda-se apenas de uma contração de jogador que tenha intercedido. “Ajudei, de forma indireta, a trazer aquele atacante Elias (vindo do Resende, contratado pelo Bahia em 2012, hoje no Botafogo). Um conhecido me falou do jogador e eu indiquei a Angioni”, disse.

Elizeu Godoy garante ainda que vai ao clube sempre que solicitado, sem horário definido, mas que isto não atrapalha sua independência na função de comentarista. “Sei separar bem as coisas. Nunca recebi pedido para moderar em algum comentário. Sei separar bem as duas funções que ocupo”, disse.

Folha salarial – Em virtude das contas em vermelho do Bahia, o interventor Carlos Rátis já afirmou que não sabe como pagará a folha salarial do clube deste mês, que vence nesta quinta. A folha de junho ainda não foi inteiramente quitada. Entre atletas e funcionários, o Bahia tem 360 profissionais contratados.”

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