Em matéria publicada no jornal Correio* desta quarta-feira, o repórter Marcelo Sant`Ana reforça os seguidos constrangimentos públicos da administração Marcelo Guimarães, o filho.
Ao entrevistar Ademir Ismerim, vice-presidente jurídico do clube de janeiro de 2009 a 15 de maio de 2013, Sant`Ana questionou-o sobre as duas irmãs do destituído. Uma delas, o ex-dirigente que deu início à debandada de cartolas e funcionários do clube após o vexame dos 7 a 3 contra o rival de Canabrava disse que realmente trabalhava no clube. Já a outra, que seria gerente jurídica, Ismerim disse não se lembrar dela e mostrou desconhecer até seu cargo.
O que chama atenção nessa matéria é a quantidade de níveis hierárquicos no setor jurídico do clube: vice-presidente, diretora, gerente… Com tanto “cacique”, quantos “índios” o clube tinha nesse setor antes da intervenção? E por qual razão, apesar de ter uma “tribo”de causídicos tão vasta, bate e volta o Bahia presidido pelo filho de Marcelo Guimarães sofria tantas derrotas em causas trabalhistas? E para que recorrer a Kakay? #ficamasdúvidas.
Confira trechos da reportagem:
`”Renata? Não lembro dela, não”, disse o ex-dirigente. “Ela é o que?”, perguntou. “Gerente? Não sei, não…” Renata é uma das irmãs do presidente destituído Marcelo Guimarães Filho que tem um cargo no jurídico do Bahia, segundo documento do setor de recursos humanos.
A outra é Luciana de Medeiros Guimarães, a diretora jurídica.
“Luciana foi posta no Bahia pelo próprio presidente (Marcelo Filho) Eu não contratei ninguém”, comentou Ismerim, que assumiu a vice-presidência jurídica a convite de Marcelo Filho, eleito em dezembro de 2008 e reeleito em 2011. “Luciana trabalhava sim. Discuti alguns processos com ela. Cuidava mais da parte jurídica-administrativa. Outro advogado, o Igor (Leonardo Rocha da Conceição), também estava lá pela manhã”, citou.
Ismerim renunciou à vice-presidência três dias após o Bahia perder por 7 a 3 para o Vitória, partida de ida da final do Campeonato Baiano. É a maior goleada para o rival desde 1948. Na carta de despedida, escreveu: “o que se respira e transpira no seio de nossa torcida é um clamor por mudanças”. A reportagem não conseguiu localizar Luciana nem Renata de Medeiros Guimarães. O atual estatuto do Bahia, atualizado pela última vez em 2008, não proíbe a contratação de parentes´.
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