O treinador do Bahia, Cristóvão Borges, conhece bem o adversário deste domingo. Foi lá no Vasco da Gama que ele apareceu para o Brasil como treinador, substituindo Ricardo Gomes. Em entrevista ao jornal carioca Extra, Cristóvão garante que vai pra cima do Vasco mas é enfático: “O Vasco não cai”. Confira abaixo a entrevista.
Contra o Botafogo, Obina saiu do banco e deu a vitória ao Bahia. Qual é a importância dele?
Ele tem uma liderança positiva. Está motivado e investe em si próprio.
Ele está magro?
Ele tem dificuldade com peso, mas até isso conseguiu resolver. Tem o acompanhamento do nosso nutricionista, Felipe, e, também, de um fisiologista.
Quantos quilos ele perdeu?
Não sei. Mas perdeu bem. É nítido. A gente vê o ganho de força e mobilidade. Obina está em forma. Se emagrecer mais, perde a força.
William Barbio, que jogou no Vasco, foi indicação sua?
Sim. Ele é jovem. E está mais ambicioso do que quando jogava no Vasco.
O Bahia sofreu interdição, investigação e eleição. Como o time superou isso?
Nossa contribuição era fazer o time se sair bem. Direcionamos tudo para o campo.
É uma vantagem enfrentar o Vasco, que você conhece bem?
Não vejo como tanta vantagem. É um time diferente. Conheço alguns jogadores. Pelo momento que o Vasco vive, e priorizando o Brasileiro, é um perigo enfrentá-los.
O Vasco vai cair?
Com certeza não cai. É uma equipe com possibilidade de reagir. Tem um grande treinador e pessoas competentes. Mas admito que nossa torcida joga junto com a gente.
A torcida do Bahia é mais carinhosa com você do que a do Vasco, que te xingava?
Há uma identificação, por eu ser baiano, cria do clube. E vim num momento em que era difícil alguém aceitar vir. O que aconteceu no Vasco foi a intolerância da torcida devido a um momento de baixa. Acho que foi pelo histórico do rebaixamento recente. Aconteceu comigo e também com outros treinadores. Mas até hoje encontro torcedor que me diz que estou fazendo falta e que deveria voltar para o Vasco.
Como era sua relação com Juninho e Felipe?
Juninho é inteligente. Conversávamos muito. Houve discordâncias porque algumas vezes o tirei. Mas aconteceu também com o Alecsandro, o Eduardo Costa, o Diego Souza… E o Felipe é especial. Sempre me liga para me encher o saco (risos). Se o Bahia vence, ele me liga dizendo que não atendo o telefone porque estou cheio de marra. No Rio (contra o Fluminense), ele veio me perguntar por que eu estava mandando um cara marcá-lo.
Mas ele não era quem mais reclamava de você?
É. Fazia gesto, discursava… E a torcida ficava aborrecida comigo. Um dia, ele disse que, se não estava colaborando, poderia ir embora. Era da personalidade dele, mas nunca quis me prejudicar.
Por que você saiu do Vasco?
Porque o time precisava de uma mexida.
Os salários no Bahia estão em dia?
Estão. Como em poucos clubes do Brasil.
Tem mágoa do Vasco?
De jeito nenhum. A lembrança é maravilhosa. Quando penso no Vasco, só me vêm coisas boas. Só tenho a agradecer por terem acreditado que, num momento difícil, eu poderia substituir o Ricardo. Sou um treinador respeitado e reconhecido graças à minha passagem por lá.
E na Fonte Nova, como será o duelo?
Cada um defende o seu. Eu dependo disso. É meu emprego, e não posso perdê-lo.
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